Cerca de três mil atingidos por barragens vão acampar em Brasília, a partir do próximo sábado (4). No domingo (5), o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, completa oito anos. A expectativa é que a
Os manifestantes planejam apresentar ao presidente uma proposta de cooperação entre governos e judiciários, integrando a discussão sobre a repactuação brasileira e o processo na justiça inglesa, segundo Joceli Andrioli, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens. “Vamos fazer uma proposta de cooperação entre governos da Austrália, Reino Unido e Brasil Juntos podemos construir a uma experiência de reparação de máxima complexidade ambiental. Uma cooperação entre países, entre judiciários”, explicou.
Apesar da previsão de assinatura do acordo no Brasil para o dia 05 de dezembro e a ameaça dos estados de sair da mesa (caso o prazo não seja cumprido), segundo Andrioli, este não é o melhor caminho. De acordo com ele, a pressa em assinar está relacionada a liberação de recursos para os estados antes das eleições municipais. “Não podemos ser reféns da política eleitoral”, afirmou. Em Brasília, as lideranças já se reuniram com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
No sábado (4), os atingidos vão se instalar no Ginásio Nilson Nelson, onde realizarão plenárias e eventos. No domingo (5), haverá um ato, na Esplanada dos Ministérios, possivelmente na Catedral de Brasília, para relembrar o sofrimento e a injustiça provocados pelo rompimento da barragem de Fundão. Na segunda e na terça-feira, os atingidos vão se mobilizar para acompanhar a votação da política nacional e esperam ser recebidos pelo presidente Lula. O encontro ainda está sendo articulado. O rompimento da barragem de Fundão, matou 19 pessoas, destruiu vários comunidades, dentre elas Bento Rodrigues, e poluiu todo o Rio Doce atingindo o mar.