A sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao café brasileiro já afeta os produtores de Minas, estado que lidera as exportações do grão. A medida pode derrubar preços no mercado interno e desestruturar a cadeia produtiva. O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio Salvo, alerta que o prejuízo não será só dos produtores, mas também do consumidor, que poderá pagar mais caro no futuro. Com isso, cafeicultores como Marcelo Nogueira e Afonso Lacerda estão segurando embarques e apostando em mercados alternativos na Europa.
MPF cobra melhorias urgentes e segurança na BR-040
O Ministério Público Federal convocou uma reunião emergencial para 12 de agosto, por videoconferência, com foco na segurança da BR-040, entre Juiz de Fora e o Rio, durante a transição da concessão. O objetivo é fiscalizar o “Plano de 100 Dias”, criado pela ANTT, que prevê ações imediatas da nova concessionária, como melhorias em sinalização, recuperação de trechos críticos e reforço em pontes. Paralelamente, o MPF cobra da atual gestora, Concer, a comprovação de medidas preventivas contra incêndios em Petrópolis, prometidas para julho. A empresa afirma que segue operando conforme o contrato, mesmo em crise financeira.
Tarifaço dos EUA pressiona carne mineira e setor monitora cenário com cautela
Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) a sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e a carne bovina mineira ficou de fora da isenção. O setor, que exportou US$ 145 milhões ao país só em 2024, ainda não registrou cancelamentos ou demissões, mas acompanha o cenário com cautela. A medida assinada por Donald Trump atinge 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado americano, incluindo 63% da pauta exportadora de Minas. Por enquanto, cargas já em trânsito não serão afetadas, o que dá fôlego momentâneo. Frigoríficos mineiros apostam na qualidade reconhecida da carne brasileira e miram mercados alternativos como China, Vietnã e Chile.