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Agricultores familiares perdem mais que os ricos conforme as regras do governo

As dificuldades dos pequenos e agricultores familiares de acessarem as linhas de crédito com menores taxas são multiplicadas pela inflação e disparada paralela dos preços dos insumos. Confira com Valdir Barbosa…

Governo divulgou as linhas de financiamentos do próximo ano agrícola

Amigas e amigos do Agro!

O governo muitas vezes erra o alvo ao criticar os agricultores empresariais, ameaça-los com novas taxas e fazendo críticas que muitas vezes não se encaixam nas regras do mercado.

O governo divulgou as linhas de financiamentos do próximo ano agrícola, porém o seguro rural continua indefinido e os fertilizantes numa escalada de preços.

Os ricos, criticados ou não, já estão totalmente preparados pra o inicio da nova safra. Estão com tudo comprado e pago. Falta apenas lubrificar as maquinas e sair para o campo.

Os pequenos produtores, agricultores familiares, é que ainda não encontraram a porta de entrada para o novo ano agrícola.

Muitos terão sérias dificuldades com a burocracia dos bancos que colocam todos os riscos de não pagamento do financiamento na ponta do lápis. Garantias imobiliárias e documentos que muitos não possuem, serão os principais obstáculos.

O Ministério da Agricultura só deve divulgar o valor e as regras do seguro rural em setembro. Até lá, fica a expectativa de como as 17 seguradoras que atendem o agro, vão assinar contratos com os produtores sem conhecer as futuras e próximas regras do governo.

Enfrentar juros altos, taxa selic de 15%, é um caminho sem volta pelo menos nos próximos 12 meses.

O que não se espera mais é a volta dos 5% sobre as Letras de Crédito Agrícola, que estão nas mãos do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Ouça a coluna de hoje de Valdir Barbosa

Itatiaia Agro

Valdir Barbosa

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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.