A partir de hoje eu, particularmente, não pretendo mais ficar esticando corda com a crise da carne entre Brasil x Carrefour francês, a não ser que haja um fato relevante para comentarmos. Os franceses têm como alvo denegrir irresponsavelmente o boi brasileiro. Autoridades do governo é que deverão cuidar desse caso.
E não precisamos nos preocupar com o protecionismo da França sobre a carne bovina, até porque eles aparecem muito pouco na relação de compradores de carne brasileira.
Então, vejamos: o Brasil consome em torno de 70% de sua carne produzida, ficando 30% para a exportação.
A China compra a metade da nossa carne exportada. Depois vem os Emirados Árabes Unidos com 7%, Estados Unidos, 6%, Chile, 4%, depois vem o Egito, Hong Kong, Rússia e outros países. A França nem aparece no retrovisor do boi brasileiro.
Se compararmos o ronco dos franceses com o volume que eles importam, veremos que somente esse ano o Brasil exportou 3 milhões de toneladas de carne bovina. Sabe quanto a França comprou? 165 toneladas, numa comparação para que todos entendam, seria um Mineirão com capacidade para 60 mil pessoas e um público de 24 pagantes num determinado jogo.
E uma surpresa positiva para o consumidor vem do mercado futuro, a B3, que hoje precifica o boi a 352 reais a arroba, prevendo 337 para dezembro, 332 para fevereiro e chegando 316 reais em maio.
Já está na hora de preços mais baixos para o consumidor que não aguenta mais aumento todos os dias.
A China é o controle mestre da carne para o consumidor brasileiro também, e, já houve um volume menor de exportação em novembro. Em dezembro, a China compra muito pouca carne porque eles vão se preparar para o ano novo chinês, ano da serpente, que proporciona 10 dias de feriado no final de janeiro e tudo para por lá. Além disso, está sendo anunciada a entrada nos frigoríficos de muito gado confinado pronto para o abate.