O governador Romeu Zema (Novo) não vai participar da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mariana (MG) nesta quinta-feira (12). Em entrevista exclusiva à Itatiaia, Zema afirmou que já tinha outros compromissos “difíceis de remarcar” e acusou o governo Lula de roubar a paternidade de anúncios e projetos de investimentos que foram articulados pelo governo de Minas.
Brumadinho
“O Acordo de Mariana só está em vigor hoje porque nós tivemos o Acordo de Brumadinho antes. O Acordo de Brumadinho, que foi bem-sucedido [...] Ele levou recurso para as prefeituras de Minas Gerais e a Fundação Renova, que foi constituída lá no governo do PT, Pimentel e Dilma, não conseguiu levar nada para os afetados, para os atingidos. [...] E foi a nossa Advocacia Geral, Defensoria Pública, Ministério Público de Minas que fizeram toda essa gestação do Acordo da tragédia de Brumadinho, que é exatamente a mesma estrutura do Acordo da tragédia de Mariana. Então, de certa maneira, o mérito foi de quem fez o primeiro, que serviu de modelo para o segundo”, afirmou Zema.
Pai da criança
Ainda segundo o governador, o Governo Federal já se apropriou de outras conquistas do Governo de Minas. “O governo federal se apropria da pauta. Como eles têm ascendência sobre o anúncio, sobre cerimonial. E são projetos que, muitas vezes, o nosso Investe Minas, a nossa Secretaria de Desenvolvimento Econômico, fica um ano, dois anos envolvido, para que se viabilize. E, quando a empresa fala que vai anunciar, o governo federal costuma ir e aparecer e falar que foi o pai da criança”, reclama.
Vaia
Zema afirmou que nos eventos do PT apenas aliados partidários são bem-recebidos. “Os eventos do presidente Lula em Minas têm sido eventos de torcida. E, se você não for daquele grupo, muito provavelmente, você seria vaiado ali, como já deu para perceber em outras ocasiões”, avaliou o governador.
No evento, marcado para 10h,
