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CPMI do INSS: Se não conseguir impedir instalação, governo quer disputar presidência ou relatoria da Comissão

Planalto vai focar em período do governo Bolsonaro

Plenário Senado

O Palácio do Planalto trabalha para que a CPMI do INSS não seja instalada. No entanto, caso a Comissão Parlamentar Mista Inquérito seja admitida pelo Senado, o governo vai tentar subscrever para impedir que a oposição domine o grupo. A ideia dos governistas é disputar cargos como a presidência ou relatória.

A estratégia será focar no período do governo do ex-presidente Jair Nolsonaro (PL) e provocar desgastes também para a oposição, já que o prejuízo com a exposição para o governo é inevitável.

A oposição começou a coletar assinaturas para a CPMI após a revelação do desvio de cerca de R$ 6,3 bilhões dos salários de aposentados e pensionistas do INSS passou a ser o principal tema da oposição para tentar desgastar a imagem do governo Lula (PT). Parlamentares do grupo acusam a gestão petista e, principalmente, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), de se omitir diante das denúncias. Os descontos nos benefícios de aposentados eram feitos por entidades credenciadas, mas sem autorização dos pensionistas.

Lupi foi demitido e seu braço direito foi colocado na chefia da pasta. Segundo Ministério da Previdência, uma auditoria interna feita na gestão de Lupi vistoriou contratos desde 1994.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.