Os rumores de que a ministra da saúde, Nísia Trintade, será substituída aumentaram na Esplanada dos Ministérios nos últimos dias. O comando da pasta estaria sendo reivindicado para o grupo de Arthur Lira (PP), atual presidente da Câmara dos Deputados, o que também ocorreu em 2023. No entanto, o presidente Lula já teria respondido que não cederá a pasta. Qualquer mudança na Saúde é sensível, principalmente, porque mais uma vez envolve uma ministra mulher.
Relações Institucionais
De toda forma, a substituição estaria decidida e o nome mais cotado para assumir seria o do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), que é médico e já chefiou o Ministério nos governos Lula e Dilma. O domínio sobre o assunto da pasta de Nísia e o desgaste na função de relação com o Congresso seriam os motivos da movimentação de Padilha no tabuleiro
MDS e Secretaria Geral
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, que faz a interlocução com movimentos sociais e a sociedade civil também deve ser substituído. Gleise Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, é cotada para a Secretaria-Geral. Se houver mudança no Ministério do Desenvolvimento Social, Gleise também seria uma possibilidade, segundo correligionários.
PSD
O PSD - que já tem o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro - também pode ampliar o espaço. O partido fez o maior número de prefeituras nas eleições municipais, faz parte da base aliada do presidente, e pode ser um parceiro estratégico para as eleições de 2026. Minas Gerais é um dos estados onde PT e PSD podem se unir para disputar o governo estadual, tendo como possíveis candidatos o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco e ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Pacheco, quando terminar o mandato da presidência do Senado, em fevereiro do ano que vem, pode compor a Esplanada. Uma pasta provável seria o Ministério da Justiça.
Fontes do Planalto ouvidas pela coluna disseram que a continuidade de Silveira está garantida na pasta, embora haja quem diga que ele seja cotado também para outros ministérios. Tido em alta conta por Lula, o ministro figura entre os mais próximos do presidente.
Comunicação
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social Paulo Pimenta, que é deputado federal pelo Rio Grande do Sul, também pode deixar a pasta. Uma das possibilidades é que ele assuma a liderança de governo na Câmara, no lugar de Zé Guimarães, que pode ser o próximo presidente do PT. Pimenta também pode ir para a vaga de Padilha.
Na Secom, no lugar de Pimenta, o mais cotado é Edinho (PT), prefeito de Araraquara, que termina o mandato neste ano e foi secretário de comunicação no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Um nome que chegou a ser ventilado é o de Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula, responsável pela última campanha do petista.
PT
Além da Saúde, tanto a Secom, quanto a Secretaria-Geral e a Secretaria de Relações Institucionais, que fazem parte do núcleo duro do governo, devem ser ocupadas por petistas.