Júpiter abriga uma tempestade tão grande que poderia engolir a Terra facilmente, por séculos. A “Grande Mancha Vermelha” é um anticiclone: sistema de altíssima pressão que gira no sentido anti-horário no hemisfério sul do planeta vermelho, como uma espécie de redemoinho de enormes dimensões.
A mancha é observada por cientistas há mais de 350 anos, e está diminuindo. No século XIX, astrônomos estimaram que seu tamanho era grande o suficiente para abrigar três planetas Terra lado a lado. Hoje, ela ainda é imensa, mas “apenas” uma Terra e meia caberia dentro dela.
Apesar de estar encolhendo, a mancha nunca acaba. Na Terra, os furacões perdem sua força quando encontram terra firme. O atrito com a superfície sólida drena sua energia, fazendo com que se dissipem em poucos dias ou semanas.
Diferentemente do que acontece por aqui, em Júpiter, esse “freio” não existe. Como o planeta é um dos “gigantes gasosos”, ele não possui uma superfície sólida para interromper a fúria da tempestade. A “Grande Mancha Vermelha” flutua sobre um oceano interminável de gases.
Além disso, características específicas do planeta ajudam a manter essa tempestade. O calor interno de Júpiter ascendente e pode estar alimentando a tempestade por baixo. As correntes de jato no corpo celeste, que se movem em direções opostas ao norte e ao sul da mancha, ajudam a manter sua rotação estável e a isolá-la de outras perturbações atmosféricas.
Sob supervisão de Edu Oliveira