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‘Grande Mancha Vermelha': entenda tempestade em Júpiter que poderia ‘engolir’ a Terra

No século XIX, acreditava-se que a tempestade comportava três Terras. Hoje, caberia ‘apenas’ uma e meia

Júpiter e suas estrelas

Júpiter abriga uma tempestade tão grande que poderia engolir a Terra facilmente, por séculos. A “Grande Mancha Vermelha” é um anticiclone: sistema de altíssima pressão que gira no sentido anti-horário no hemisfério sul do planeta vermelho, como uma espécie de redemoinho de enormes dimensões.

A mancha é observada por cientistas há mais de 350 anos, e está diminuindo. No século XIX, astrônomos estimaram que seu tamanho era grande o suficiente para abrigar três planetas Terra lado a lado. Hoje, ela ainda é imensa, mas “apenas” uma Terra e meia caberia dentro dela.

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Apesar de estar encolhendo, a mancha nunca acaba. Na Terra, os furacões perdem sua força quando encontram terra firme. O atrito com a superfície sólida drena sua energia, fazendo com que se dissipem em poucos dias ou semanas.

Diferentemente do que acontece por aqui, em Júpiter, esse “freio” não existe. Como o planeta é um dos “gigantes gasosos”, ele não possui uma superfície sólida para interromper a fúria da tempestade. A “Grande Mancha Vermelha” flutua sobre um oceano interminável de gases.

Além disso, características específicas do planeta ajudam a manter essa tempestade. O calor interno de Júpiter ascendente e pode estar alimentando a tempestade por baixo. As correntes de jato no corpo celeste, que se movem em direções opostas ao norte e ao sul da mancha, ajudam a manter sua rotação estável e a isolá-la de outras perturbações atmosféricas.

Sob supervisão de Edu Oliveira

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.