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Após morte de adolescente, OpenAI anuncia medidas de controle parental no ChatGPT

Caso ocorre após os pais de um adolescente de 14 anos acusarem o chatbot de incentivá-lo a cometer suicídio

OpenAI anunciou medidas de controle parental para o ChatGPT

A OpenAI, empresa americana de inteligência artificial, anunciou que adicionará controles parentais ao ChatGPT, poucos dias após um casal acusar o chatbot de encorajar um adolescente de 14 anos, filho deles, a cometer suicídio.

“No próximo mês, os pais poderão vincular sua conta à conta do filho adolescente e controlar como o ChatGPT responde ao adolescente com regras de comportamento adequadas à idade”, explicou a empresa.

Além disso, os pais também receberão notificações do ChatGPT caso o sistema detecte que o adolescente está em um ‘momento de angústia aguda’.

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O casal Matthew e Maria Raine apresentaram uma ação no Tribunal do Estado da Califórnia dizendo que o ChatGPT cultivou uma relação íntima com o filho deles, Adam, entre 2024 e 2025, antes da morte doo adolescente. A ação foi apresentada no dia 25 de agosto.

Segundo a denúncia, em uma última conversa com o adolescente e o chatbot, em 11 de abril de 2025, o ChatGPT ajudou Adam a roubar vodca dos pais e forneceu uma análise técnica de um nó corrediço que poderia ‘potencialmente enforcar um ser humano’. Esse foi o método que o adolescente utilizou para tirar a própria vida horas depois.

“Quando uma pessoa usa o ChatGPT realmente sente que está conversando com algo do outro lado”, disse a advogada da acusação, Melodi Dincer.

“Essas são as mesmas características que poderiam levar alguém como Adam, com o tempo, a começar a compartilhar cada vez mais sobre sua vida pessoal e, em última análise, a buscar conselhos e orientação deste produto que basicamente parece ter todas as respostas”, acrescentou.

Ainda de acordo com a advogada, a ação de implementar o controle parental e outras medidas de segurança é ‘genérica’ por parte da OpenAI e ‘carece de detalhes’.

“Realmente é o mínimo, e definitivamente sugere que muitas medidas de segurança (simples) poderiam ter sido implementadas”, afirmou.

“Resta ver se farão o que dizem e o quão eficaz será", finalizou.

*Com AFP

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.