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Pequisa aponta que pode haver vida em Titã, a maior lua de Saturno

Titã possui uma atmosfera densa rica em metano e outros compostos orgânicos, que pode ser propícia para o surgimento de microrganismos

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Cientistas da Universidade do Arizona e de Harvard sugerem que Titã, a maior lua de Saturno, pode abrigar vida microbiana em seu oceano subterrâneo. A superfície da lua, conhecida por seus rios e lagos de metano líquido, apresentou indícios que levantam a possibilidade da existência de micro-organismos abaixo de sua crosta de gelo. As observações foram publicadas na revista científica The Planetary Science Journal.

Titã, a segunda maior lua do Sistema Solar, possui uma atmosfera densa rica em metano e outros compostos orgânicos. Apesar das temperaturas frias que impedem a água líquida na superfície, a descoberta de moléculas orgânicas complexas torna Titã um dos ambientes mais promissores para a busca por vida. Pesquisadores investigaram onde, como e em que quantidade a vida poderia existir em Titã. Eles descobriram que o oceano subterrâneo da lua, com cerca de 480 quilômetros de profundidade, poderia sustentar organismos que se alimentam de matéria orgânica.

A análise utilizou modelagem bioenergética baseada na fermentação, um processo químico que não requer oxigênio e que pode ter sido crucial para o surgimento da vida na Terra. Os cientistas se concentraram na glicina, um aminoácido simples encontrado em diversos corpos celestes, como potencial fonte de alimento para esses micróbios. Simulações indicaram que, embora a matéria orgânica exista, apenas uma pequena fração seria utilizável devido à escassez no oceano subterrâneo.

“Nosso novo estudo mostra que esse suprimento pode ser suficiente apenas para sustentar uma população muito pequena de micróbios, pesando no máximo alguns quilos – o equivalente à massa de um cachorro pequeno”, afirmou Antonin Affholder, um dos autores do estudo.

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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento