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DeepSeek, a IA chinesa, causa perdas bilionárias nos EUA; saiba quanto cada um perdeu

A nova inteligência artificial criada pela China impactou como um todo as grandes empresas do setor, fazendo com que bilionários perdessem valores altos de suas fortunas

DeepSeek é a IA da China

O DeepSeek, a nova inteligência artificial da China, tem causado dor de cabeça aos bilionários donos das big techs estadunidenses. Somente nesta segunda-feira (27), o mercado norte-americano perdeu um trilhão de dólares (R$ 5,92 trilhões) com o crescimento do aplicativo.

O novo app, criado em dezembro com menos recursos e com um modelo de código aberto, alcançou o topo das lojas de aplicativo dos Estados Unidos e impactou como um todo as grandes empresas do setor, fazendo com que bilionários perdessem valores altos de suas fortunas.

As 7 Ações Magníficas (Apple, Nvidia, Alphabet, Tesla, Microsoft, Meta e Amazon) foram as mais afetadas com a chegada do DeepSeek. Entre os bilionários, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, e o fundador da Oracle, Larry Ellison, foram os que mais perderam, segundo o ranking da revista Forbes.

Ellison registrou uma perda de 27,6 bilhões de dólares (R$ 163 bilhões) em sua fortuna, enquanto Huang perdeu 20,8 bilhões de dólares (R$ 123 bilhões). Michael Dell, da Dell Technologies, foi o terceiro que mais perdeu, com um prejuízo de 12,5 bilhões de dólares (R$ 74 bilhões), sendo seguido de Larry Page e Sergey Brin, do Google, que perderam 6,4 e 6 bilhões de dólares (R$ 37,9 e 35,5 bilhões), respectivamente.

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O que é o DeepSeek?

O DeepSeek foi criado por uma “start-up” com sede em Hangzhou, no leste da China, uma cidade conhecida pela alta concentração de empresas de tecnologia.

Disponível como aplicativo para celulares ou para computadores, tem muitas funcionalidades semelhantes às de seus concorrentes ocidentais: escrever letras de músicas, ajudar com situações do cotidiano, como proporcionar uma receita com o que se tem na geladeira.

O DeepSeek consegue se comunicar em vários idiomas, mas - segundo explicado à AFP - domina mais o inglês e o chinês.

No entanto, o dispositivo tem os mesmos limites que outros agentes conversacionais chineses: quando questionado sobre temas delicados, como o presidente Xi Jinping, prefere evitar o tema e propõe “falar de outra coisa”.

Porém, especialistas elogiaram as suas capacidades para resolver problemas matemáticos difíceis e outras questões técnicas.

“O que constatamos é que o DeepSeek (...) é o melhor, ou está no nível dos melhores modelos americanos”, disse à emissora CNBC Alexandr Wang, diretor-executivo da empresa norte-americana Scale AI.

Este desempenho surpreende ainda mais quando se sabe que para criar o modelo do DeepSeek foi usada uma quantidade muito menor de chips que foram utilizados por outras gigantes tecnológicas.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.