Ouvindo...

Meta vai rotular imagens geradas por IA no Instagram, Facebook e Threads

A ferramenta tem o objetivo de minimizar a proliferação de deepfakes, principalmente nas eleições de 2024

Ferramenta que vai ser lançada esta ano visa minimizar a proliferação de deepfakes

A Meta anunciou o desenvolvimento de uma ferramenta para identificar qualquer imagem gerada por meio da inteligência artificial (IA) em suas redes sociais: Facebook, Instagram e Threads.

O objetivo da empresa de Mark Zuckerberg é minimizar a proliferação de deepfakes, que tem gerado preocupação sobre a disseminação de conteúdos falsos com o avanço da tecnologia.

Deepfakes são manipulações de mídia, especialmente vídeos, que usam técnicas de inteligência artificial para criar materiais que podem parecer autênticos.

Em janeiro deste ano, o jornalista da TV Globo, Pedro Bial, acusou a Meta de cumplicidade diante da circulação de uma deepfake que usava seu rosto para vender um produto.

Leia também

Apesar de já marcar imagens criadas a partir do Meta IA, a nova ferramenta também vai identificar conteúdos geradas por concorrentes, como Google, OpenAI, Microsoft, Adobe, Midjourney e Shutterstock.

Eleição à vista

Por meio de uma publicação em seu blog, nessa terça-feira (6), o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, afirmou que o recurso será lançado ainda neste ano.

“Nós estamos desenvolvendo este recurso agora e, nos próximos meses, poderemos aplicar etiquetas em todos os idiomas suportados por cada aplicativo. Seguiremos essa abordagem durante o próximo ano, que ocorrerá uma série importante de eleições ao redor do mundo”, afirmou o executivo.

As próximas campanhas tem gerado preocupação sobre o uso de IA e deepfakes de forma jamais vista. Em 5 de novembro de 2024, por exemplo, acontecerá a eleição presidencial dos Estados Unidos. No Brasil, as eleições municipais ocorrem em todo país no domingo, 6 de outubro.

Na eleição dos EUA em 2016, pela primeira vez, o Facebook se viu em meio ao escândalo que revelou que a plataforma foi usada para disseminar informações falsas destinadas a influenciar o processo eleitoral, que deu a vitória ao ex-presidente Donald Trump. A empresa foi acusada de não fazer o suficiente para combater a desinformação naquele período.

Nick Clegg confessa que a nova ferramanta da Meta não vai ser perfeita, mas diz que a intenção é minimizar os danos do compartilhamento de imagens falsas, sem maiores detalhes.

“Enquanto isso, esperamos aprender mais sobre como são criados e compartilhados os conteúdos gerados por IA, que tipo de transparência as pessoas consideram mais valiosas e como essas tecnologias evoluem”, acrescentou.

Quem será o próximo alvo?

Recentemente, Taylor Swift foi alvo de um deepfake, que viralizou no X (ex-Twitter. Durante algumas horas, imagens falsas sexualmente explícitas da cantora ficaram disponíveis na plataforma de Elon Musk.

Para conter a proliferação, a empresa suspendeu as buscas pelo termo ‘Taylor Swift’ e os conteúdos falsos foram removidos.

*Com informações da CNN

Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular. Clique aqui e se inscreva.

Formado em Jornalismo pela UFMG, com passagens pelo jornal Estado de Minas/Portal Uai. Hoje, é repórter multimídia da Itatiaia.