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Você conhece os riscos de compartilhar imagens de crianças online?

Exposição dessas informações afeta a privacidade

Para quem não sabe como funciona o deepfake — vídeos, imagens ou sons criados artificialmente com tecnologia —, uma campanha da operadora de telefonia alemã Deutsche Telekom mostra a transformação de uma foto de Ella, uma garota de nove anos, com inteligência artificial. O conteúdo alerta para os perigos do compartilhamento de imagens de crianças online.

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Com o nome de “Compartilhe com Cuidado” (“Share With Care”), a ação revela como a tecnologia, aplicada a uma imagem obtida a partir de registros públicos da criança, pode ser usada. A versão mais velha de Ella fala com os pais e outros adultos em uma sala de cinema: ela lembra que o material compartilhado online pode ser usado por qualquer um.

Enquanto para os pais as imagens compartilhadas dos filhos são apenas lembranças felizes, para criminosos são informações que podem ser usadas em fraudes e golpes. “No futuro, minha identidade pode ser roubada e eu posso ir para a prisão por ações que jamais praticaria”, detalha a jovem. “Imagine se minha voz for copiada para enganá-la, mãe.”

A personagem digital diz que não quer se tornar um meme ou ser humilhada na escola. A campanha destaca que tudo o que é compartilhado online é associado ao usuário pelo resto da vida. “Por favor, mãe, por favor, pai, protejam minha privacidade virtual”, pede a versão deepfake de Ella.

Uli Klenke, diretor de marca na Deutsche Telekom, diz que é importante conhecer as ferramentas para manusear informações de forma segura e responsável na internet. “O desenvolvimento da inteligência artificial traz oportunidades e riscos” destaca. “É preciso lidar com eles de forma adequada.”

Como prevenir

Segundo o material, 75% dos adultos compartilham fotos dos filhos e 80% têm seguidores que nunca encontraram. O vídeo os incentiva a ficarem atentos ao que publicam, para manter toda a família protegida.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é importante evitar expor fotos em que a criança aparece com o uniforme da escola ou ao lado de colegas. Devem ser evitadas, ainda, cenas na piscina ou na praia em que ela não esteja totalmente vestida.

Além disso, não se deve divulgar nomes completos e datas de nascimento, bem como a localização de fotos compartilhadas. O uso de internet dos filhos pode ser acompanhado com ferramentas de controle parental, que permitem o monitoramento do acesso.

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