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SIM swap: conheça o golpe e saiba como se proteger

Veja como ocorre a clonagem de chip e o que fazer se for vítima dessa fraude

Golpe aposta em portabilidade não autorizada de número de celular

Uma vulnerabilidade estrutural no modo como as operadoras de telefonia móvel atuam permite a execução de SIM swap — ou clonagem do SIM (o chip do celular), em tradução livre. O cartão SIM é usado para identificar e autenticar o usuário na rede da operadora e, nesse golpe, o criminoso solicita a mudança de titularidade do número associado a um chip.

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A vítima só descobre depois que a fraude já ocorreu, já que as operadoras efetuam a transferência sem adotar procedimentos de segurança na verificação dos documentos apresentados pelo golpista. Após a obtenção da portabilidade não autorizada, ele ativa o número em um dispositivo móvel e tem acesso a dados da vítima e a contas que usam o número de celular para autenticação ( WhatsApp, Instagram, e-mail e outros).

Um dos sinais de clonagem de SIM é a indisponibilidade do número por muitas horas ou dias. Nesse caso, é importante entrar em contato com a operadora para saber se o número foi transferido sem autorização. Vale, ainda, verificar se foi desabilitado ou removido de algum aplicativo instalado no celular.

O que fazer se for vítima?

O primeiro passo é solicitar o bloqueio do SIM. Não se esqueça de anotar protocolos de atendimento e informações recebidas da operadora. Além disso, é importante fazer um Boletim de Ocorrência (BO) para que sejam apurados crimes como falsificação de documentos e falsidade ideológica.

Se tiver o número clonado cadastrado em aplicativos, é importante removê-lo. Isso vai ajudar a evitar invasões e outros danos. Se possível, procure um advogado especialista em direito digital para saber as opções disponíveis para a reparação de eventuais danos e a responsabilização da operadora de telefonia e de outros envolvidos.

Na Justiça, decisões apontam que o SIM swap é causado por falha na prestação de serviço por parte das operadoras de telefonia móvel. Nesses casos, é comum que seja determinado o pagamento de indenização por dano moral em razão do transtorno causado ao cliente.

Como se proteger?

Algumas atitudes pode ajudar o consumidor a evitar ser vítima dessa ação. Confira a seguir:

  • ative a autenticação em duas etapas sem usar o número do seu celular como forma de autenticação;

  • dê preferência a senhas elaboradas;

  • use os códigos PIN e PUK para adicionar uma camada adicional de proteção ao SIM, já que permitem o bloqueio da linha.