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Risco cibernético global apresenta melhora pela primeira vez

Américas ainda mantêm risco elevado de ataques

Risco cibernético melhora globalmente pela primeira vez

Um levantamento com 3.729 diretores de segurança da informação (Chief Information Security Officer – CISOs), profissionais de tecnologia da informação (TI) e gerentes nas Américas do Norte e Latina, na Europa e na Ásia-Pacífico aponta que os níveis de risco cibernético foram de elevado para moderado. A pesquisa foi promovida pela Trend Micro em conjunto com o Instituto Ponemon.

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Essa é a sétima edição semestral do Índice de Risco Cibernético (Cyber Risk Index – CRI) e, pela primeira, ele apresenta melhora e fica positivo em +0,01. “Isso significa que as organizações podem estar tomando medidas para melhorar sua situação cibernética”, diz Jon Clay, vice-presidente de inteligência de ameaças da Trend Micro.

O CRI usa uma escala numérica de -10 a 10, em que -10 representa o nível de risco mais alto. O índice de +0,01 indica que, globalmente, a maioria das organizações se sente mais preparada para enfrentar riscos cibernéticos do que no primeiro semestre de 2022 — quando o índice era de -0,15. Europa e Ásia/Pacífico apresentaram níveis de +0,12 e +0,05, respectivamente.

As Américas do Norte (-0,10) e Latina (-0,03), por sua vez, mantêm níveis de risco elevados: na América do Norte, houve melhora, enquanto na Latina o índice se manteve estável. Clay destaca que funcionários continuam a ser uma fonte de risco. “O primeiro passo para gerenciar isso é obter visibilidade e controle completos e contínuos da superfície de ataque.”

Entre os entrevistados, 78% acreditam que serão vítimas de ataques bem-sucedidos em 2023. Para a maioria, é “um pouco ou muito provável” sofrer violação de rede (69%) ou exposição de dados de clientes (70%). As quatro principais ameaças mencionadas pelos participantes são as mesmas do relatório anterior: roubo de cliques, comprometimento de e-mail comercial, ransomware e ataques sem arquivos. No quinto lugar, botnets substituíram ataques de login.

Larry Ponemon, presidente e fundador do Instituto Ponemon, explica que conforme a mudança para o trabalho híbrido ganha impulso, as organizações se preocupam com o risco representado por funcionários negligentes e a infraestrutura de apoio ao trabalho remoto. “É preciso se concentrar em pessoas e processos, não apenas em soluções de tecnologia para ajudar a reduzir esses riscos”, avalia.

Os resultados da pesquisa indicam que as áreas de maior preocupação para as empresas em relação à preparação cibernética são pessoas, processos e tecnologia. Para os entrevistados, os funcionários são três dos cinco principais riscos de infraestrutura: colaboradores negligentes, infraestrutura e provedores de computação em nuvem, funcionários móveis ou remotos, falta de pessoal qualificado e ambientes de computação virtual.