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ChatGPT: o que é, como usar e segmentos que já adotam

Modelo de conversa humanizada, o sistema tem sido testado em diversas área

Ele está em diversas rodas de conversa. Seu nome é ChatGPT e ele é um modelo de conversa natural, criado pela OpenAI, que pode produzir textos escritos a partir de inteligência artificial em diferentes tópicos e estilos. Em geral, o material parece natural e coerente: ele responde a perguntas, cria teorias, contesta premissas e apresente soluções adequadas para diferentes situações.

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De forma simples, o ChatGPT é uma ferramenta de bate-papo para conversas individuais humanizadas. Sua interface é simples: uma caixa de texto em que é possível conversar, tirar dúvidas ou pedir a execução de tarefas básicas. A inteligência artificial imita o modo humano de escrever e permite uma interação natural.

Com atuação muito mais abrangente que os robôs de chat comuns — disponíveis no WhatsApp, no Telegram e no Instagram, por exemplo —, ele responde a dúvidas com inteligência artificial. Então, diferentemente dos chatbots programados para responder apenas a certas dúvidas, ele não solicita que o usuário faça seleções nem dá apenas respostas simples: pode produzir conteúdos densos se o usuário pedir mais informações.

O sistema usa modelo de linguagem Generative Pre-trained Transformer (GPT-3), algoritmos e informações disponíveis na internet para criar os textos. Essa tecnologia pode ser aplicada em diálogos automatizados e já é usada por algumas empresas, como o Duolingo.

Como usar o ChatGPT original

Qualquer interessado pode testar o sistema da OpenAI. Basta criar uma conta para, em poucos minutos, poder interagir com a inteligência artificial. Veja:

  • acesse chat.openai.com/chat;

  • clique em “Sign up” para criar uma conta;

  • selecione “Create an OpenAI account";

  • informe e-mail e senha, e confirme a criação da conta;

  • toque em “Try it” no topo da tela;

  • inicie a conversa com o ChatGPT.

Testes em diversos segmentos

O sistema tem sido testado em diversos segmentos: para programar em Python, criar posts para redes sociais e até escrever ensaios de nível universitário. A Microsoft já planeja incluí-lo no mecanismo de busca Bing, no Word, no PowerPoint e no Outlook para recomendar respostas de e-mails e ajudar na revisão de textos, entre outros.

Bill Gates, em uma sessão de perguntas e respostas com seguidores no Reddit, disse que o ChatGPT “nos dá uma ideia do que está por vir”. “Estou impressionado com toda essa abordagem e o nível de inovação”, comenta. “A inteligência artificial é bastante revolucionária”.

Entre cientistas, o ChatGPT escreveu resumos sobre estudos reais. Em quase um terço das vezes, a ferramenta foi capaz de se passar por um humano ao criar, em poucos segundos, resumos a partir de informações sobre a pesquisa.

Ao serem submetidos a programas de detecção de plágio e identificação de conteúdos falsos, os apps identificaram os resumos feitos pelo ChatGPT em apenas 68% das vezes. Já em 14% dos casos resumos reais foram marcados como falsos.

Segundo revisores humanos, os documentos falsos eram mais vagos e tinham uma “forma de escrever estereotipada”. Pesquisadores já querem estabelecer regras ainda mais rígidas para periódicos, artigos e estudos científicos: existe o temor de que a tecnologia seja usada de modo indevido por estudantes em trabalhos escolares e por profissionais no mercado de trabalho.

Até cibercriminosos usam o sistema: pesquisadores da Check Point Research (CPR) perceberam que o ChatGPT tem sido usado para aperfeiçoar — e até criar — malwares e ransomwares. Os especialistas encontraram posts em fóruns clandestinos em que se discutem maneiras de desenvolver malware com a ajuda do ChatGPT.

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