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Fones de ouvido podem afetar audição de 1 bilhão de jovens

Motivo é o uso incorreto desses acessórios

Uso incorreto de fone de ouvido pode afetar a saúde auditiva

Volumes muito altos em fones de ouvido e exposição frequente a locais com música alta podem levar mais de 1 bilhão de jovens, entre 12 e 34 anos, a perderem a audição. Um estudo liderado por Lauren Dillard, da Universidade Médica da Carolina do Sul, em Charleston, na Carolina do Sul (USA), reuniu uma equipe internacional de pesquisadores para comparar resultados de outras pesquisas sobre o tema.

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Os autores avaliaram dados e estudos publicados entre 2000 e 2021, que investigaram o impacto de práticas auditivas inseguras a partir do histórico de mais de 19 mil jovens. Segundo os autores, “as práticas auditivas inseguras são altamente prevalentes em todo o mundo”. Os pesquisadores alertam, então, para a “necessidade de priorizar políticas voltadas para a escuta segura”.

A exposição a som em volume muito alto pode provocar fadiga e causar danos em células sensoriais e estruturas do ouvido, independentemente da idade do indivíduo. E quando há exposição prolongada, o paciente pode ficar surdo ou passar a ouvir zumbidos frequentes.

Nesse cenário, a prevenção é essencial. Isso inclui reduzir o volume dos fones sempre que escutar um zumbido nos ouvidos. Além disso, vale ativar alertas sobre o nível de exposição sonora nas configurações do dispositivo. Isso ajuda a saber quando é preciso diminuir o volume ou, se não for possível, ouvir pelo menor tempo possível.

Em shows, festas e locais barulhentos, o melhor é ficar longe das caixas de som. Para quem trabalha nesse segmento, é fundamental usar proteção auricular para não desenvolver problemas auditivos no futuro.

Quem mora em regiões barulhentas e aumenta o som para ouvir música ou outros programas, pode investir em dispositivos com função antirruído. Eles custam mais que os modelos comuns, mas podem ajudar a preservar a saúde dos ouvidos.

Os pesquisadores lembram que a proteção da audição de jovens deve ser foco de políticas públicas. “É preciso que governos, indústria e sociedade civil priorizem a prevenção global da perda auditiva, a partir da promoção de práticas auditivas seguras”, apontam.