A Polícia Civil prendeu em flagrante, nesta quarta-feira (15), Davi Paula dos Reis, de 34 anos, por comercializar medicamentos de forma irregular. Durante a ação, foram apreendidos esteroides anabolizantes, remédios para emagrecimento, máquinas de cartão, dinheiro em espécie e equipamentos eletrônicos.
Durante operação realizada pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), visando combater a rede de comércio ilegal de anabolizantes e medicamentos para emagrecimento, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Vespasiano, em endereços ligados a uma empresa de suplementos investigada.
A principal forma de venda dos produtos era via WhatsApp. As mercadorias foram apreendidas na casa de Davi e em shopping da região de Venda Nova. A distribuição dos produtos era feita nos mesmos locais.
O delegado responsável, Fernando Tomaz, contou que o investigado possui um canal no YouTube onde fazia a apresentação dos anabolizantes e comprovava sua autenticidade.
“Ele confirmou que o material vinha de laboratórios em São Paulo e no Paraguai. São medicações de uso controlado”, explicou o delegado, ressaltando que Davi comprava os produtos diretamente nos laboratórios.
O crime
Segundo Tomaz, a venda de medicamentos controlados sem receita e em locais não autorizados é crime.
“É um crime com pena mínima de 10 anos. Ele vendia sem receita, do mesmo jeito que adquiria. Tudo sem receita e não é na farmácia. Toda vez que fazemos esses flagrantes, a gente fala na hora: ‘Você tá na farmácia? Não? Vendeu fora da farmácia é ilegal’”, afirmou.
Davi Paula dos Reis não tinha passagens pela polícia. O dono do quiosque onde os produtos eram vendidos no shopping não foi encontrado no local. A vendedora foi ouvida e liberada.
“As investigações continuam. Agora a gente tem uma lista grande de telefones, de contatos. Nós temos anotação de contabilidade e tudo mais”, apontou o delegado.
Por fim, Tomaz explicou que comprar o medicamento não é crime, porém adquirir e repassar para alguém já configura a venda irregular. Segundo ele, comprar os produtos de forma irregular traz risco para a saúde das pessoas.
“Usam de forma indiscriminada, de forma errada. Ninguém tem certeza o que tem lá dentro. Às vezes a pessoa pode estar fingindo que é um medicamento, estar vendendo soro fisiológico, enganando todo mundo. O pessoal é muito irresponsável de sair comprando material dessa forma”, finalizou o delegado.