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BH: homem é preso por furtar R$ 500 mil em itens de casa após se passar por comprador

Suspeito utilizava documentos falsos para agendar visitas e, com acesso aos imóveis, roubar itens luxuosos e dinheiro

Momento em que o suspeito é preso, em sua casa, em Ibirité, na Grande BH

Um homem de 49 anos foi preso, nesta quarta-feira (15), pelo furto qualificado de uma casa localizada no bairro São Bento, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, no último mês de junho. Segundo as investigações, ele se passou por um possível comprador da casa para ter acesso ao imóvel e se apossar de dinheiro, perfumes e joias. O prejuízo dado aos donos do imóvel pode ter chegado a R$ 500 mil.

Durante a prisão do suspeito, foram encontradas joias pertencentes às vítimas. Os objetos foram apreendidos.

A delegada de Polícia Civil (PC), Bianca Prado, responsável pelo caso, contou que o suspeito se passou por um possível comprador da casa para ter acesso ao local. Para agendar a visita, usou documentação falsa. Além disso, chegou ao local em um carro de alto padrão, apresentando poder aquisitivo.

Lá, usando uma máscara cirúrgica, pediu para filmar a residência, alegando que estaria procurando um imóvel para seus pais e que mostraria o vídeo a eles.

“Permissão dada, ele transitava livremente pelo imóvel sem vigilância. Nesse fato específico do dia 5 de junho, enquanto transitava no segundo andar, com a proprietária e a corretora no primeiro andar, e a faxineira no segundo andar, ele retirou essa máscara por alguns momentos. Então, a faxineira pôde vê-lo de forma frontal, conseguindo fazer o reconhecimento com certeza”, explicou a delegada Bianca Prado.

A delegada contou que ele escolheu objetos de menor volume para furtar. No caso em questão, o prejuízo aos donos da casa teria sido entre R$ 300 mil e R$ 500 mil.

“Ele confessou a entrada nessa casa e que conseguiu vender os bens específicos dessa residência por algo em torno de R$ 100 mil, só com as joias furtadas. Lembrando que o prejuízo da vítima é muito maior. Se a gente pensar que o preço da grama do ouro gira entre R$ 500 e R$ 700 reais, e que no mercado paralelo é apenas R$ 200, a gente pode pensar num prejuízo de R$ 300 mil a R$ 500 mil facilmente”, apontou ela.

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Histórico criminoso

Bianca Prado afirmou que a forma de agir do homem pode ter se repetido em outros locais, já que foi encontrado um histórico de agendamentos de visitas a imóveis de alto padrão. Assim como no caso investigado, ele utilizou dados falsos para realizar as marcações. Por isso, a Polícia Civil pede para que, em caso de ocorrência de casos semelhantes, as autoridades sejam acionadas.

“O nosso principal apelo agora para a população é: você que teve a sua casa visitada por um suposto comprador e logo depois sentiu falta de objetos de fácil retirada? A gente pede que procure a Polícia Civil, que registre, porque acreditamos que esse suspeito tenha praticado uma série de outros crimes nos últimos meses. Inclusive, ele disse que num único dia ele visitou cinco imóveis”, alertou.

Não há indícios de que corretores de imóveis tenham ajudado o homem nas ações. Eles também seriam vítimas do suspeito.

A PC segue tentando rastrear os itens furtados. Segundo a corporação, o homem tem histórico neste tipo de crime, tendo sua primeira ocorrência policial por fato parecido sido registrada em 2009.

Cursou jornalismo no Unileste - Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012 se mudou para a Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.
Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.