A tia-avó do
Segundo Maria Araújo, Arthur era tranquilo e amoroso. Já a mãe do menino, “nunca cuidou das crianças”.
“Ele ficava comigo tranquilo, sabe? Eu cuidava dos meninos, eles praticamente foram criados lá em casa. De toda a vida, ela não foi uma mãe direita assim para poder cuidar das crianças”, começou dizendo Maria.
Ainda durante entrevista à reportagem, a tia-avó de Arthur relembrou quando perdeu a guarda do sobrinho-neto e dos outros dois irmãos, um de seis anos e outro de seis meses.
“O dinheiro que eles pegavam, eles gastavam tudo em droga. E quando eles foram presos, eu peguei a guarda dos meninos, porque não tinha ninguém para ficar com eles. Os meninos não passavam fome, não passavam da hora de comer, tinham café da manhã, almoço, tinha tudo. Eu fiquei revoltada por causa disso, porque ela fez da minha vida um inferno para pegar os meninos. Na época, chamei até a polícia”, relembrou ela.
A mãe de Arthur, de 24 anos,
Nesta quinta, a Itatiaia conseguiu um
Conforme Maria, após as atitudes da mãe de Arthur, ela procurou a Justiça e pediu “pelo amor de Deus” para as crianças ficarem sob sua guarda, mas a decisão ão foi o que ela esperava.
“Fui lá, resolvi tudo, registrei um boletim de ocorrência e pedi a eles pelo amor de Deus. Mas aí o juiz decidiu que a guarda ia ficar com ela, porque era a mãe e disse estar trabalhando. Só que o que eles não sabiam era que, na época, ela já estava entrando nas coisas erradas. Mas eu contei toda a verdade. Tem que ter justiça”, finalizou ela.
Comportamento anormal em velório
No dia do velório de Arthur, familiares da mãe do menino relataram um comportamento anormal da mãe de Arthur.
Segundo eles, a mulher chegou sorridente e sem demonstrar luto. O padrasto não apareceu na cerimônia. A polícia confirmou também que o casal seria usuário de cocaína, inclusive consumindo a droga na frente das crianças.
“A prisão temporária mostra-se imprescindível para a persecução penal. As versões apresentadas pelos investigados variaram ao longo das oitivas, comprometendo a integridade da prova e evidenciando risco de interferência na colheita de novos elementos. O Conselho Tutelar, inclusive, precisou intervir para determinar o acolhimento institucional dos outros dois filhos do casal, diante do perigo concreto à integridade física e emocional das crianças”, completou o documento.
A Justiça destacou ainda que a mãe tem antecedentes por tráfico de drogas e um histórico de mudança frequente entre municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, demonstrando “risco real de evasão”.