Servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) protestaram nesta sexta-feira (19) em frente à sede da Polícia Federal, na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, em apoio à
“Hoje o nosso principal motivo aqui na sede da Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais é mostrar o total apoio dos servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos à Operação Rejeitos que foi deflagrada em nosso estado”, afirmou Afonso Ribeiro, da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).
Ele ressaltou que os trabalhadores enfrentam um cenário de sucateamento. “Estamos há 13 anos sem concurso público, a nossa defasagem salarial é superior a 80%, nós já perdemos mais de 500 servidores. Nós somos hoje 1.300 servidores efetivos, quer dizer, a nossa principal força de trabalho não está envolvida nesse escândalo. Esse escândalo vem sobretudo de servidores comissionados”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente (Sindsema), Wallace Alves, também criticou a falta de estrutura e apontou que a fragilidade institucional abriu espaço para a corrupção. “[A Operação Rejeito] está ajudando a tirar os corruptos que estão nos altos escalões do
Presente no evento, a deputada federal Duda Salabert (PDT) disse que já protocolou um pedido de CPI para investigar a mineração em Minas. Ela afirma que a operação da PF confirma denúncias feitas há anos. “Precisávamos dessa operação da Polícia Federal para mostrar que nós estávamos certos. Estamos diante do maior escândalo de corrupção ambiental da história brasileira e o governador até agora não fez nada”, disparou.
Operação Rejeito
Deflagrada pela Polícia Federal na última quarta-feira (17), a Operação Rejeito apura um esquema bilionário de mineração ilegal em Minas Gerais. Mais de 60 empresas são investigadas por fraudes em licenciamento ambiental, pagamento de propina e lavagem de dinheiro. A Justiça determinou 79 mandados de busca e 22 prisões preventivas, além do bloqueio de cerca de R$ 1,5 bilhão em bens.