A Polícia Civil (PC) resgatou, na manhã desta quinta-feira (16), seis crianças, com idades entre 11 e 13 anos, de um alojamento precário oferecido por uma escolinha de futebol, na cidade de Formiga, Região Oeste de Minas Gerais.
O Conselho Tutelar da cidade, que acompanhou a ação policial, recebeu denúncia que os menores estariam vivendo em condições precárias e perambulando pelo bairro Santa Luzia.
No local, foram encontrados engradados de bebidas alcoólicas, sacos de roupas sujas e alimentos armazenados de forma inadequada na geladeira.
Os alimentos das crianças estavam sendo armazenados de forma inapropriada
As crianças, originárias dos municípios de Arcos e Lagoa da Prata, estavam sob responsabilidade de um homem de 51 anos, natural do município de Camaçari, na Bahia. Ele é o técnico do time e estava na residência no momento da chegada da PC.
Local não tinha água potável e crianças faziam sua própria comida
Segundo a polícia, quatro das seis crianças possuíam documentação e autorização dos responsáveis legais, enquanto dois não apresentavam qualquer documento de identificação.
“Havia comida perdida na geladeira, que estava desligada e estragada. Informações de venda de rifa pedindo comida. Fatos que geraram muita estranheza. Também encontramos bebida alcoólica, cachaça dentro da casa”, contou o delegado Emmanuel Gomes, responsável pelo caso.
Ele contou, ainda, que não havia sequer água potável no local.
“A gente encontrou as crianças em um local insalubre, sem comida adequada, sem água potável, as crianças muitas das vezes prepararam a própria alimentação”, afirmou Gomes.
Os seis meninos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil local e seus pais e responsáveis foram acionados para comparecimento à unidade policial, a fim de regularizar a situação das crianças.
Muita bagunça foi encontrada no imóvel, com condições para proliferação de insetos e animais peçonhentos
O responsável pelo local também foi conduzido à delegacia para esclarecimentos e, após ser ouvido, foi liberado.
A Polícia Civil segue investigando o caso, visando apurar se as crianças vinham frequentando a escola e se havia alguma situação de vulnerabilidade quanto à saúde e segurança delas. Além disso, buscará apurar crimes de responsabilidade dos pais, que deixaram as crianças nessa situação e não fizeram o acompanhamento adequado.
Fachada da casa onde as crianças estavam alojadas