O Museu Regional de Caeté e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bonsucesso, foram reapresentados neste sábado (9) ao público, após passarem por reforma e restauração.
O museu do século 18, que ficou três meses fechado, já passou por duas grandes restaurações. O espaço abriga, atualmente, artes sacras que remontam a beleza da religiosidade mineira.
“Nesses três meses as obras foram concentradas principalmente no telhado. Todas as telhas foram retiradas e recolocadas. Foi feito um tratamento no madeiramento que dá sustentação a esse telhado. Além de uma manta impermeabilizante e a parte elétrica que foi toda revista”, explicou a diretora do Museu Regional de Caeté, Lucinéia Bicalho.
“O museu tem um conjunto museológico, um acervo muito importante, bonito e importante para nossa cultura, especialmente a cultura mineira. O museu promove, recupera a memória da cidade e fortalece a história local e a história da região”, afirma a diretora.
Igreja restaurada
Uma missa presidida pelo Vigário Geral da Arquidiocese de Belo Horizonte, Monsenhor Nédio Lacerda, marcou mais uma etapa concluída do processo de restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bonsucesso. A igreja, que possui mais de 300 anos de história, teve boa parte do interior reformado e ainda conta com artes sacras de consagrados escultores mineiros.
“Nós estamos entregando agora a restauração das campas, que são os pisos, restauração da pintura de todo o prédio e também a questão da parte elétrica e das descargas elétricas. Para a comunidade é uma beleza, o padre junto com a assembleia participar”, disse o responsável pela matriz de Bonsucesso, padre Celmo Coelho de Souza à reportagem.
“O prédio tem obras de Aleijadinho, tem o projeto arquitetônico do pai do Aleijadinho, e com isso a gente quer divulgar mais essa riqueza que nós temos e convidar a sociedade a vir contemplar essa beleza que é um templo de grande importância”, disse o padre.
Imagem do Cristo Sermão da Montanha volta a Igreja de Caeté
O historiador e restaurador Thomaz Santos, contou que algumas obras, que foram retiradas da igreja, voltaram agora com a reforma: “Durante o século passado, devido a um decreto da igreja, a mal interpretação de algumas pessoas fez com que as imagens fossem retiradas dos altares”, explicou o historiador.
Thomaz conta que, durante os anos de 1950 e 1960, aconteceram vários episódios de compra e até roubo de imagens.
“A imagem do Cristo Sermão da Montanha, que retorna para Caeté é o exemplo disso. Ela foi adquirida por um colecionador. Quando ele faleceu, o estado de Minas Gerais comprou a coleção e essa imagem foi parar no acervo do Museu Mineiro”, contou à reportagem. Após uma denúncia feita ao Ministério Público, a imagem foi retornada para a matriz de Caeté.
As obras do museu e da igreja foram realizadas por meio do incentivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério Publico de Minas Gerais, emendas parlamentares estaduais e da Prefeitura de Caeté.
“Hoje é um dia muito importante para Caeté, onde a gente retoma duas partes importantes para a nossa cultura, nosso patrimônio e turismo. Eu agradecer a parceria do nosso deputado João Vítor Xavier, a parceria da prefeitura com a sua mão de obra para recuperar o museu. Nós temos uma colaboração muito importante”, ressalta o vice-prefeito da cidade, Diemerson Porto.