Mais de 90% das escolas da rede municipal de Belo Horizonte foram afetadas pela
greve dos professores, segundo a Secretaria de Educação da capital mineira.
Para a Itatiaia, a prefeitura informou que, até esta quarta-feira (11), das 324 instituições de ensino da rede municipal, 48 estão fechadas e 262 funcionam de forma parcial. Apenas 14 escolas estão operando normalmente.
Os servidores anunciaram a greve na última sexta-feira (6).
A categoria reivindica um índice maior de reajuste em comparação com o apresentado pela PBH, de 2,49%.
A
paralisação segue por tempo indeterminado e, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH), uma nova assembleia-geral será realizada na próxima terça-feira (17) para decidir os rumos do movimento grevista.
Ato na Praça Sete de Setembro
Nesta quarta-feira, uma
passeata dos servidores fechou a Avenida Afonso Pena, na altura da Praça Sete de Setembro, no Centro da capital mineira, após a categoria decidir, em assembleia, rejeitar os 2,49% oferecidos pelo município.
Em entrevista à Itatiaia, o
secretário municipal Bruno Passeli, da pasta de Planejamento, Orçamento e Gestão, explicou que o percentual oferecido à categoria se refere às inflações de janeiro, fevereiro, março e abril, que, somadas, equivalem a 2,49%.
Neste ano, a prefeitura anunciou o mês de maio como data-base dos servidores municipais, ou seja, o período anual para reajustes salariais.
“
A partir disso, temos que zerar o jogo. Se no ano passado demos mais que a inflação — demos 8% e ela foi menos de 5% —, então nós tínhamos que pagar a inflação de janeiro até abril, já que a data-base é maio. Então acumulamos a inflação de janeiro, fevereiro, março e abril, deu 2,49%, dados oficiais, e estamos concedendo retroativamente a maio”.
— disse o secretário.
