Diante do aumento dos casos de doenças respiratórias, o Hospital das Clínicas da UFMG, assim como outras unidades de saúde de Belo Horizonte, enfrenta um cenário de superlotação. Mesmo com pacientes aguardando nos corredores, o hospital garante que todos recebem o atendimento necessário.
De janeiro até agora, cerca de 10.700 pessoas já foram internadas na capital devido a quadros respiratórios. Desse total, 2.350 são crianças com menos de 1 ano e 3.800 são pessoas com mais de 60 anos. Diante dessa realidade, alguns hospitais operam no limite — como é o caso do Hospital das Clínicas da UFMG. Segundo a instituição, atualmente cerca de 42 pacientes estão sendo atendidos nos corredores, como explica o gerente de Atenção à Saúde do hospital, Vandac Alencar Nobre Júnior:
“Infelizmente, há situações em que um paciente fica numa cadeira, em vez de estar em uma cama ou maca. Mas trabalhamos o tempo todo para minimizar essa situação. Apesar de não estarem internados em leitos ideais, esses pacientes são atendidos: recebem tratamento, passam por exames e têm toda a assistência necessária. Quando se trata de pacientes mais graves, como os que precisam de ventilação mecânica ou de atendimento emergencial, eles são rapidamente direcionados para a UTI”, disse.
No total, são cerca de 30 a 40 mil consultas ambulatoriais por mês. “Essa população, que realiza tratamento, geralmente, procura nosso pronto-atendimento ao apresentar alguma complicação. Só esse grupo já representa uma demanda muito elevada. Além disso, atendemos pacientes com alta complexidade, como transplantados e oncológicos, e mantemos as portas abertas para urgências”, acrescentou.
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Para mudar esse cenário, o diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Belo Horizonte, Paulo Roberto Lopes Correia, reforça a importância da vacinação contra a gripe — mesmo com a leve redução no número de internações por doenças respiratórias:
“Uma medida fundamental de prevenção é a vacinação contra a gripe. Desde 31 de março, a Prefeitura tem promovido várias campanhas na cidade, incluindo ações em shoppings, estações de metrô, atividades extramuros e, especialmente neste momento, a vacinação de crianças nas escolas da rede pública de Belo Horizonte.”