Caso Clara Maria: primeira audiência de instrução é encerrada sem juíza ouvir réus em Belo Horizonte

Clara Maria Venâncio Rodrigues tinha 21 anos e foi atraída e morta para a casa de um dos suspeitos, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha

Foto mostra vítima e suspeitos do crime bárbaro em BH

A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, sumariante do 1º Tribunal do Júri, em Belo Horizonte, encerrou por volta das 17h30 desta quinta-feira (3) a primeira audiência de instrução do processo do homicídio da jovem Clara Maria Venâncio Rodrigues, encontrada morta no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha.

A magistrada não interrogou os réus Lucas Rodrigues Pimentel e Thiago Schafer Sampaio porque a defesa de Thiago insistiu em ouvir duas testemunhas que não foram localizadas. Ela então deu um prazo de 48 horas para que os advogados apresentem o endereço atualizado delas.

Na audiência desta quinta-feira foram ouvidas todas as testemunhas de acusação e também parte da defesa de Thiago e Lucas, incluindo uma psicóloga e uma psiquiatra que já atenderam Thiago.

A data da próxima audiência para ouvir as testemunhas que faltam e interrogar os réus será 12 de agosto, às 16h.

Relembre o caso

O corpo de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, foi encontrado no dia 12 de março em uma casa do bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

A investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) aponta que ela foi brutalmente assassinada na noite do dia 9 de março, após sair do trabalho. A vítima era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e estava desaparecida desde o dia 9.

Ela marcou de encontrar com o ex-colega de trabalho Thiago Schaffer Sampaio, de 27 anos, para buscar R$ 400 que ele a devia. Thiago a atraiu para a casa dele, onde aguardava por Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos.

Thiago Schaffer Sampaio devia R$ 400 a Clara Maria e contou aos policiais que a matou para roubá-la. A investigação da PCMG também descobriu que ele tinha interesses sexuais pela vítima, que nunca correspondeu às investidas.

Lucas Rodrigues Pimentel disse para testemunhas que iria matar Clara Maria por a jovem o xingou após ele realizar um gesto nazista em um bar. Além disso, as testemunhas alegam que o réu confesso afirmou em determinada ocasião que tinha interesse de cometer crimes de necrofilia — ato sexual com cadáver.

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Alex Araújo é formado em Jornalismo e Relações Públicas pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e tem pós-graduação em Comunicação e Gestão Empresarial pela Universidade Pontifícia Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Já trabalhou em agência de publicidade, assessoria de imprensa, universidade, jornal Hoje em Dia e portal G1, onde permaneceu por quase 15 anos.
Amanda Antunes cursou jornalismo no Unileste (Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais), com graduação concluída na Faculdade Estácio, em Belo Horizonte. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012, chegou à Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.

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