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Caso Clara Maria: julgamento de dupla que confessou crime brutal em BH é marcado

Jovem de 21 anos foi morta por enforcamento em março e teve o corpo enterrado na casa de um dos suspeitos, na região da Pampulha

Clara Maria tinha 21 anos

A Justiça marcou a data do início do julgamento dos dois homens que confessaram ter matado a jovem Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, que foi encontrada enterrado no mês de março em uma casa do bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Os acusados foram identificados como Thiago Schaffer Sampaio, de 27 anos, e Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos (relembre o caso no fim da matéria).

De acordo com a apuração da Itatiaia, a audiência de instrução e julgamento está marcado para o início da tarde do dia 3 de julho. A decisão foi assinada pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri da capital mineira. Na mesma decisão, a magistrada negou recursos da defesa, como a alegação da ausência de justa causa e da qualificadora de feminicídio.

A Justiça também definiu um prazo de cinco dias para que uma psicóloga encaminhe ao judiciário o prontuário médico com detalhes sobre a saúde mental de Thiago Schaffer. Os dois acusados seguem presos.

Relembre o caso

O corpo de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, foi encontrado no dia 12 de março em uma casa do bairro Ouro Preto, localizado na regional da Pampulha, em Belo Horizonte. A investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) aponta que ela foi brutalmente assassinada na noite de domingo (9 de março), após sair do trabalho. A vítima é natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e estava desaparecida desde o dia 9.

A vítima havia marcado de encontrar com o ex-colega de trabalho Thiago Schaffer Sampaio, de 27 anos, para buscar R$ 400 que ele a devia. Thiago a atraiu para a sua residência, onde aguardava Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos.

Thiago Schaffer Sampaio devia R$ 400 a Clara Maria. Ele contou aos policiais que a matou para roubá-la. A investigação da PCMG também descobriu que ele tinha interesses sexuais pela vítima, que nunca correspondeu às investidas.

Lucas Rodrigues Pimentel disse para testemunhas que iria matar Clara Maria por a jovem o xingar após ele realizar um gesto nazista em um bar. Além disso, as testemunhas alegam que o autor confesso afirmou em determinada ocasião que tinha interesse de cometer crimes de necrofilia — ato sexual com cadáver.

Por conta das informações repassadas por testemunhas de que Lucas Rodrigues Pimentel tinha interesse em praticar necrofilia, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o cadáver de Clara Maria tenha sido abusado sexualmente.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.