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Mãe presa na Grande BH pode responder por tortura contra filha de 2 anos, diz delegado

Delegado Rodolfo Rabelo Alves afirmou que, em seu entendimento, a mãe cometeu crime de tortura, além de violência doméstica

Uma câmera escondida instalada pelo pai da menina flagrou as agressões da mãe contra a criança

A mulher de 22 anos, presa no bairro Lindéia, região do Barreiro, em Belo Horizonte, suspeita de agredir a filha de 2 anos, pode responder por violência doméstica e por tortura. A prisão ocorreu nessa segunda-feira (1º), e a informação foi confirmada nesta terça (2) pelo delegado Rodolfo Rabelo Alves, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

As agressões foram registradas por uma câmera instalada pelo pai, que já desconfiava das frequentes lesões na criança. De acordo com o delegado, a violência era direcionada apenas à menina, embora a mãe tenha gêmeos — um menino e uma menina.

“Ela sufoca a criança, dá um chute no rosto da menina e a joga contra a parede. Não é apenas uma repreensão, parece algo além do normal”, disse. “A criança sofreu de forma excessiva. Por isso, entendo que o caso também pode caracterizar crime de tortura”, acrescentou.

Histórico de violência

O delegado informou que, há cerca de um ano, a menina já havia sofrido uma fratura no fêmur. Na época, o pai levou a criança ao hospital, mas não desconfiou da autoria e os médicos também não levantaram suspeitas.

Com o tempo, ele percebeu que apenas a filha apresentava lesões, como hematomas e olhos roxos, enquanto o irmão não. Questionada, a mãe dizia que os machucados eram causados pelo menino, mas, segundo o delegado, as marcas eram incompatíveis com a força de uma criança pequena.

O pai chegou a procurar o Conselho Tutelar e pediu apoio psicológico para a mãe, mas não teve retorno. Foi então que decidiu instalar a câmera que registrou as agressões.

Versão da mãe

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Conforme o delegado, na abordagem da Polícia Militar (PMMG), a mulher disse que estava nervosa devido a brigas conjugais e que se sentia sobrecarregada com os cuidados dos filhos, já que o marido não queria que ela trabalhasse. Na delegacia, porém, ela preferiu ficar em silêncio.

A menina passou por exame de corpo de delito, e a polícia aguarda o laudo. As duas crianças estão atualmente sob a guarda do pai. Ele pediu medida protetiva apenas para a filha, já que foi a única vítima.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
Cursou jornalismo no Unileste - Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012 se mudou para a Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.
Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.