A mulher de 22 anos, presa no bairro Lindéia,
As agressões foram registradas por uma câmera instalada pelo pai, que já desconfiava das frequentes lesões na criança. De acordo com o delegado, a violência era direcionada apenas à menina, embora a mãe tenha gêmeos — um menino e uma menina.
“Ela sufoca a criança, dá um chute no rosto da menina e a joga contra a parede. Não é apenas uma repreensão, parece algo além do normal”, disse. “A criança sofreu de forma excessiva. Por isso, entendo que o caso também pode caracterizar crime de tortura”, acrescentou.
Histórico de violência
O delegado informou que, há cerca de um ano, a menina já havia sofrido uma fratura no fêmur. Na época, o pai levou a criança ao hospital, mas não desconfiou da autoria e os médicos também não levantaram suspeitas.
Com o tempo, ele percebeu que apenas a filha apresentava lesões, como hematomas e olhos roxos, enquanto o irmão não. Questionada, a mãe dizia que os machucados eram causados pelo menino, mas, segundo o delegado, as marcas eram incompatíveis com a força de uma criança pequena.
O pai chegou a procurar o Conselho Tutelar e pediu apoio psicológico para a mãe, mas não teve retorno. Foi então que decidiu instalar a câmera que registrou as agressões.
Versão da mãe
Conforme o delegado, na abordagem da Polícia Militar (PMMG), a mulher disse que estava nervosa devido a brigas conjugais e que se sentia sobrecarregada com os cuidados dos filhos, já que o marido não queria que ela trabalhasse. Na delegacia, porém, ela preferiu ficar em silêncio.
A menina passou por exame de corpo de delito, e a polícia aguarda o laudo. As duas crianças estão atualmente sob a guarda do pai. Ele pediu medida protetiva apenas para a filha, já que foi a única vítima.