Uma mulher de 22 anos, identificada como Jaqueline Pereira dos Santos, foi presa em flagrante por maus-tratos à própria filha de apenas dois anos de idade, no bairro Lindéia, Região do Barreiro, em Belo Horizonte. O pai da criança e companheiro da suspeita foi quem acionou a polícia após gravar as agressões.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), o homem, que mantinha um relacionamento com a Jaqueline há cinco anos, instalou uma câmera na casa após desconfiar que seus filhos, um casal de gêmeos, estariam sendo agredidos pela mãe.
A prova das agressões surgiu neste final de semana, quando imagens fortes gravadas pelo equipamento, as quais a Itatiaia teve acesso, mostraram a mulher sufocando a criança empurrando sua cabeça contra um colchão. Além disso, a menina levou tapas no rosto e, ao cair ao chão, foi chutada pela mãe, batendo a cabeça na parede em razão da pancada.
Segundo o homem, ao ouvir o choro da criança, entrou no quarto, retirou a filha do poder da mãe e confrontou a companheira, chamando a polícia. Ele aguardou a chegada da guarnição e colocou as imagens das agressões à disposição da Justiça.
A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) abriu um inquérito para investigar o caso.
Lesões graves
O pai da criança contou à polícia que a criança já havia sofrido lesões graves em situações desconhecidas. Quando a menina tinha um ano, por exemplo, chegou a quebrar o fêmur e, na época, não foi descoberto o que teria acontecido.
Ele afirmou que procurou o Conselho Tutelar na época, porém não obteve sucesso em uma denúncia por não possuir provas sobre a causa da lesão.
Esse fato corroborou a decisão do Juiz responsável em pedir a prisão preventiva da mulher. Segundo ele, a violência dos atos praticados neste final de semana, somado a um histórico violento fazem com que a liberdade de Jaqueline seja um risco para a vida de seus filhos.
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Mulher alegou ‘perda de controle’
Nos autos, consta que Jaqueline dos Santos alegou “perda de controle” como razão das agressões. A mulher afirmou que o marido não a ajudava a cuidar dos filhos, garantindo apenas a provisão financeira da casa. Segundo ela, a situação fez com que fosse preciso abandonar seu emprego. Além disso, relatou sobrecarga pelos “comportamento desafiadores” das crianças.
Ainda de acordo com a suspeita, no dia das agressões, eles, que estariam separados há alguns dias, teriam discutido em razão da divisão das tarefas da casa e que ao ver o homem brincando com o filho molhado de xixi sem trocá-lo, acabou perdendo a cabeça e agredindo a filha em outro cômodo.
