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Após áudio falso, PBH reforça que tuberculose não é transmitida por mosca

Infectologista explica como ocorre a transmissão, quais são os sintomas e formas de prevenção

Uma das principais formas de proteção contra casos graves da tuberculose é a vacina BCG

Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esclareceu que não procede a informação passada por um suposto biólogo de que a cidade está com casos em Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), especialmente, nas regiões Norte e Venda Nova, de um tipo de tuberculose que é transmitida por moscas comuns.

Conforme a própria administração municipal, não existem casos de tuberculose por transmissão por moscas, já que não há possibilidade do inseto ser infectado com a bactéria que pode causar a doença.

O infectologista e professor da Faculdade de Saúde Santa Casa Alexandre Moura explicou que a tuberculose é uma doença passada de pessoa para pessoa através da tosse, espirro ou fala, ou seja, não há transmissão por meio de moscas, insetos ou outros animais.

“Os mosquitos não têm papel na transmissão da tuberculose, que se dá a partir da necessidade de uma pessoa infectada excretar a bactéria Mycobacterium, que, ao ser inalada por uma pessoa sadia, pode se contaminar”, disse.

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Sendo assim, quando outras pessoas respirarem essas partículas, há a possibilidade de se infectarem “A transmissão acontece, principalmente, ao ter um convívio mais íntimo com a pessoa contaminada”, acrescentou. Conforme o Ministério da Saúde, vale destacar que a patologia não se transmite por objetos compartilhados.

O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa tosse pode ser seca ou produtiva (com catarro). Além disso, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. “Recomenda-se que toda pessoa com sintomas respiratórios, ou seja, que apresente tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose”, afirma a pasta.

O diagnóstico precoce de pessoas infectadas e o pronto tratamento estão entre medidas que precisam ser adotadas. “Uma vez que a pessoa começa a tratar, em poucas semanas, ela deixa de transmitir. Também temos o uso da vacina BCG que prevenirá, principalmente, contra consequências neurológicas”, finalizou.


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Jornalista formado na Estácio de Sá, tem experiência como repórter, editor e apresentador. É repórter da rádio Itatiaia na editoria de cidades
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.