O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu procedimento contra Alessandro Pereira de Oliveira, 36 anos, conhecido como Léo, procurado pela Justiça por gravar um vídeo racista contra uma cliente de um bar de Belo Horizonte. O procedimento foi aberto após demanda de movimentos sociais, revoltados com crime. Alessandro Pereira tem 86 registros policiais, entre eles ameaça, injúria, vias de fato, difamação, descumprimento de medida protetiva. Conforme apurado pela Itatiaia nesta segunda-feira (21), a maioria dos crimes foi praticada na cidade de Governador Valadares, região do Rio Doce de Minas.
“A Coordenadoria de Combate ao Racismo e todas as Outras Formas de Discriminação do MPMG instaurou, neste fim de semana, o procedimento de Notícia de Fato a partir de acionamento feito pelos movimentos sociais através das redes sociais. Acionamos a Delegacia de Crimes de Intolerância e a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, ambas da capital, para análise das providências adequadas ao caso”, diz nota enviada à Itatiaia.
Alessandro Pereira também é foragido da Justiça por não ter retornado para o sistema prisional após uma saidinha temporária. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O criminoso é procurado pela Justiça desde 26 de março deste ano e possui mandado de prisão em aberto. Ele estava preso desde 2022 por violência doméstica, violência psicológica, crime de perseguição reiterada e crime de divulgação de material sexual.
Mesmo com vasta ficha criminal, Alessandro estava solto e trabalhando em um bar no bairro Universitário, na regional Pampulha de Belo Horizonte. Foi nesse local que ele gravou o vídeo racista contra uma cliente que pediu para ele lavar um copo que estava sujo.
Na gravação, o homem diz que “preto tem que entrar no chicote no tronco”, além de outros xingamentos racistas.
O primeiro registro policial contra ele é de 2009. Desde então, ele não parou. Agora, Alessandro é procurado pela polícia também pelo racismo cometido contra a cliente. Quem tiver informação que possa ajudar a prendê-lo pode acionar diretamente o 190 ou o disque denúncia, por meio do número 181.
A reportagem tenta contato com Alessandro. A equipe foi ao bar nesta segunda-feira (21), conversou com parentes da namorada dele, mas o paradeiro de Alessandro segue desconhecido. O espaço segue aberto. Alessandro Pereira de Oliveira era funcionário do bar, estabelecimento que não tem nenhuma relação com o racismo cometido pelo criminoso e foragido da Justiça.