Filho autista morre em casa após a mãe ser brutalmente assassinada na Grande BH

Heddy Lamar de Araújo, mãe de Bernardo Lucas de Araújo Ribeiro, foi encontrada morta em 25 de setembro, dada como desaparecida e identificada nesta quinta-feira (3)

Filho autista morre em casa a após mãe ser brutalmente assassinada na Grande BH

Bernardo Lucas de Araújo Ribeiro, de 13 anos, foi encontrado morto no apartamento em que morava com a mãe no bairro Jardim Guanabara, na regional Norte de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (3). Ele estava desaparecido desde o dia 25 de setembro.

A polícia encontrou o adolescente sem vida após identificar o corpo de sua mãe, Heddy Lamar de Araújo, e cruzar as informações. Ela havia sido encontrada sem vida em 25 de setembro, em um monte no bairro Nova York, em Vespasiano. A mulher demorou para ser identificada e foi dada como desaparecida por uma semana, pois estava sem documentos.

O corpo estava com marcas de violência. A perícia constatou ferimentos na cabeça e na nuca da vítima. O cadáver de Heddy Lamar foi encontrado por um grupo de idosos, em um local utilizado por religiosos da região para oração.

O pai do adolescente foi quem avisou a polícia sobre o desaparecimento. Ele era separado da mulher e relatou que não conseguia contato com os dois. Bernardo era uma pessoa com transtorno do espectro autista e era dependente dos cuidados da mãe.

A Polícia Civil investiga a causa da morte.

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Diretora escolar conta sobre o adolescente

Em entrevista à Itatiaia, Poliana Santos de Oliveira, diretora da escola onde Bernardo Lucas estudava, deu detalhes do caso. Ela contou que o adolescente deixou de comparecer à escola no dia 25 de setembro, e que quando o pai foi procurá-lo o sumiço gerou estranheza.

“Ele era um menino muito bem cuidado e muito presente. Estava sempre na escola. Todos os dias. Raramente faltava. Só faltava para ir ao médico, e a mãe informava. A mãe era uma mãe muito presente também”, conta.

A diretora também falou sobre o diagnóstico de autismo da vítima. “Ele tinha esse diagnóstico de autismo, ele necessitava de uma atenção especial na escola, como que era o comportamento dele ali no dia a dia, ele é uma criança autista, né? Uma criança neuro divergente que precisava de cuidados tanto que ele tinha um professor de apoio”.


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Amanda Antunes cursou jornalismo no Unileste (Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais), com graduação concluída na Faculdade Estácio, em Belo Horizonte. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012, chegou à Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.
Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.

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