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Novo sistema da Cemig antecipa identificação de queimadas próximas a linhas de alta tensão

Em meio a crise histórica de incêndios, os alertas possibilitam que as equipes da companhia antecipem procedimentos de transferência de clientes de um circuito afetado por incêndio para outro

Novo sistema da Cemig antecipa identificação de queimadas próximas a linhas de alta tensão em meio a crise histórica de incêndios em Minas Gerais

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) começou a utilizar um sistema que monitora, via satélite, incêndios que estejam até 1,5 km das linhas de alta tensão da companhia.

A nova ferramenta possibilita identificar com antecedência possíveis riscos para as Linhas de Distribuição e de Transmissão e pode evitar desligamentos da energia elétrica ou reduzir o tempo de interrupção no estado.

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O Geopat (Sistema de Monitoramento Meteorológico da Alta Tensão) foi desenvolvido pelo setor de Meteorologia da Cemig e atua em parceria com os centros de Operação (COD) e do Sistema (COS) da companhia.

O sistema de monitoramento recebe informações de uma rede de satélites orbitais, que mapeiam os focos de calor em Minas Gerias com o uso de sensores térmicos. Os meteorologistas cruzam esses dados com as coordenadas das linhas de alta tensão e emitem o alerta para as outras equipes.

O engenheiro Felipe Mendonça Ildefonso explica como funciona o trabalho em conjunto: “por meio desse monitoramento, o COD recebe um alerta de queimada próxima às nossas linhas de distribuição e então aciona as equipes em campo para realizarem uma inspeção no local e, caso necessário, realizarem o atendimento preventivo, com o objetivo de evitar algum desligamento”.

O adiantamento do trabalho de campo possibilita que as equipes da companhia possam iniciar com antecedência procedimentos para “analisar a possibilidade de transferir os clientes conectados àquele sistema para outro circuito”, afirma Ildefonso.

Queimadas se alastram

Minas Gerais enfrenta a pior crise de incêndios em áreas de vegetação desde o início da série histórica do Corpo de Bombeiros, em 2015. Já foram 24.475 ocorrências atendidas pelos militares desde o início de 2024.

A Grande BH completa 153 dias sem chuva. O período já é o segundo maior da história, ficando atrás apenas da seca de 1963, quando a capital ficou 198 dias sem precipitação.


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Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.