A consultora Maria Resende passou quase 20 anos trabalhando em uma revenda da Ambev, maior fabricante de cervejas do mundo. E, como em quase todo trabalho, ela se estressou. Esse nervosismo, porém, foi crescendo e apresentando vários sintomas, inclusive físicos. Quando a consultora percebeu os sinais de uma hemorragia, ela percebeu que a situação havia ido longe demais e que era preciso mudar sua realidade.
Maria decidiu ‘virar a chave’ e buscar uma relação melhor entre ela mesma e sua vida profissional. A partir desta decisão, ela se tornou ‘treinadora de si mesmo’ e, depois, treinadora de outras pessoas, com trabalhos de mentoria.
‘Esqueci que não era só a mente que era impactada e, quando vi, houve um reflexo físico, com uma hemorragia séria. Foi o que o burnout me proporcionou e eu precisava reconstruir uma nova vida e conviver com uma certa abstinência do trabalho. Era necessário parar e ressignificar. Muitas vezes, culpamos a empresa e esquecemos da nossa autorresponsabilidade de colocar limites, rever nossos hábitos, elevando o nosso nível de consciência. E sim, nossas ações, comportamentos e mentalidade têm total impacto nesse adoecimento’.
Ao perceber que as mulheres eram maioria em suas mentorias, Maria Resende decidiu focar neste público: ‘uma mulher líder não precisa se colocar num personagem ‘forte’ para sobreviver ao mundo corporativo. Assumir sua real identidade, potencializando os seus talentos sem deixar de lado a sua sensibilidade e a sua intuição que vêm da energia do feminino, mas ativando também a ação da energia do masculino’.
Método criado
Maria afirma que o seu método de lidar com o burnout fala de integridade: ‘por um bom tempo, separei a Maria pessoal do profissional e vejo que isso é um erro. Somos uma coisa só e temos que nos abordar de forma integral. Os profissionais precisam se conscientizar e entender que o cuidado sobre o burnout não é só responsabilidade da empresa, mas dos hábitos das pessoas. Há muito o que se fazer ainda no mundo corporativo, mas a percepção de uma nova consciência está mudando aos poucos, e acredito que precisamos estimular essa transformação’.
O tal método, apresentado no livro ‘Coragem para ser livre’, lançado há cerca de um ano, já gera resultados na vida de muitas mulheres. Alessandra Navarro, gerente administrativa, enfrentou um burnout assim como Maria e vê no relato da autora do livro não só um exemplo a ser seguido, mas também uma prova de que o caso dela não é único.
‘A coragem da Maria nessa luta interna travada por ela me mostra que não era só eu. O livro me deu ferramentas para mudar e me despertou para coisas que eu não tinha pensado. Foi realmente uma bússola!’.
Já a fonoaudióloga Luciana Cristina de Souza Oliveira fala sobre a importância de se abordar o tema que, até pouco tempo, não era tão discutido: ‘Antes isso não era falado. Hoje, com pessoas como a Maria, esse discurso pode ser cada vez mais espalhado. O livro da Maria me chamou atenção desde o início pelo título. Logo em seguida, quanta coragem...expor sua vida de uma forma tão real e com tantos ensinamentos. Escancarar nossa vulnerabilidade é invocar o combustível da nossa maior força’.
Burnout
Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultantes de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. O Brasil é, hoje, o segundo país em número de casos, sendo que as mulheres são maioria entre as pacientes. A doença compõe a Classificação Internacional de Doenças (CID), pela sua natureza laboral.
Serviço
- Livro: Coragem Para Ser Livre - De uma história de superação até à criação de um método de gestão do tempo com foco em saúde mental
- Autora: Maria Resende
- Valor: R$ 64,00
Mais informações no site oficial do livro