Veja quem é a servidora presa suspeita de furtar armas de delegacia em BH

Vanessa de Lima Figueiredo, de 44 anos, foi presa pela Corregedoria da Polícia Civil; ela recebia salário de mais de R$ 7,5 mil e tinha acesso ao armamento da unidade

Vanessa de Lima Figueiredo, de 44 anos, foi presa nesse domingo (9), em casa, no bairro Salgado Filho, na Região Oeste de BH.

A servidora administrativa concursada, lotada na Polícia Civil de Minas Gerais, presa por suspeita de furtar armas da 1ª Delegacia do Barreiro, em Belo Horizonte, foi identificada como Vanessa de Lima Figueiredo, de 44 anos. A prisão foi feita pela Corregedoria da corporação, na noite desse domingo (9).

Vanessa, que não é policial, foi detida em casa, no bairro Salgado Filho, na Região Oeste da capital. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Leonardo Machado Cardoso.

De acordo com apuração da Itatiaia, a servidora era a única pessoa com acesso ao local onde o armamento era armazenado. Em suas redes sociais, ela se apresentava como formada em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH).

Em setembro deste ano, Vanessa recebeu salário superior a R$ 7,5 mil. Nas redes sociais, publicava registros de viagens à Disney e a Nova York, com fotos em pontos turísticos como o Vessel, estrutura arquitetônica em formato de “vaso”, localizada em Manhattan. A mulher também teria passado por diversos procedimentos estéticos.

Furto de armas em delegacia do Barreiro

Segundo fontes da Polícia Civil ouvidas pela reportagem, há alguns dias uma arma que deveria estar apreendida na delegacia foi encontrada durante uma ocorrência em Contagem, na Região Metropolitana de BH. O fato causou estranhamento e, ao realizar uma conferência no acervo de armamentos apreendidos, os policiais perceberam a falta de outras armas. Ainda não há informações sobre como o desvio ocorreu, nem o número exato de armamentos desaparecidos.

A unidade da Polícia Civil fica no bairro Jardinópolis, na Região Oeste da capital, próximo ao Aglomerado Cabana do Pai Tomás. A corporação se pronunciou no sábado (8) sobre o desaparecimento das armas e, após perícia técnica, negou que tenha havido invasão na unidade.

“É preciso destacar que não houve nenhuma invasão na unidade policial. A investigação se encontra em estágio avançado e, até o presente momento, não há nenhuma informação sobre o envolvimento de organização criminosa nos fatos apurados”, informou a corporação.

Armas estavam na unidade do Barreiro, em BH

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Minas Gerais, Rômulo Guimarães Dias, as armas desaparecidas são de “baixo calibre” ou “obsoletas”, que não são mais utilizadas no serviço ativo ou cujas munições não são mais produzidas comercialmente.

O que diz o sindicato

    Representantes de sindicatos da categoria informaram à Itatiaia que as armas apreendidas não deveriam estar guardadas nessa delegacia, e sim na chamada Central de Custódia, como determina o Código de Processo Penal desde 2019.

    “Já se passaram seis anos e, até agora, armas e drogas continuam sendo acauteladas em unidades policiais, sem o devido cuidado com a cadeia de custódia. O sindicato tem lutado para mudar essa situação desde 2020. Infelizmente, a Polícia Civil avançou muito pouco e precisa investir mais para resolver o problema e proteger os vestígios criminais apreendidos”, afirmou uma fonte do sindicato.

    O que diz a Polícia Civil

    Por meio de nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que: “A servidora investigada foi encaminhada ao sistema prisional, e os materiais apreendidos foram direcionados à perícia técnica para as devidas análises.Por fim, a PCMG ainda informa que procedimento de correição administrativa já está em curso para as devidas responsabilizações das irregularidades constatadas.”

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    Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
    Repórter policial e investigativo, apresentador do Itatiaia Patrulha.
    Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.

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