Nesta quarta-feira (21), a Itatiaia conversa com uma mãe de primeira viagem que vem com uma dupla bagagem: sim! Gêmeos e concebidos de forma natural. Juntos há 12 anos, o casal decidiu que, agora, era o momento certo. Tudo bem que os gêmeos, os dois meninos, não estavam nos planos, mas foi uma ótima surpresa. A mãe, Francieny Santiago, faz questão do pré-natal. No sétimo mês de gestação, ela abriu as portas da casa dela e contou cada sentimento vivido até agora.
“Chegou um momento que a gente pensou: vamos ter filhos. Fizemos todo um planejamento. A descoberta da gravidez foi um momento muito especial, foi um dia após o meu aniversário. Então, teve todo um impacto, mas veio também a insegurança. E aí tivemos a surpresa de ser gêmeos”, disse. O primeiro sentimento foi de apreensão. “Mas ficamos muito feliz. O presente vem dose dupla”, acrescentou.
O acompanhamento das futuras mamães começa antes mesmo da gestação. O planejamento familiar acontece ainda dentro do consultório médico. Independente se o pré-natal será feito de forma particular, como no caso da Francieny, através do plano de saúde, ou pelo SUS, nas Unidades Básicas, o importante é focar todas as energias e atenção nesses 9 meses.
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Em Belo Horizonte, o acesso ao serviço público é um direito de todas as mães. Fazem parte da rede de assistência as Unidades Básicas de Saúde e as maternidades, conforme explicou o subsecretário de atenção à saúde da prefeitura de BH, André Luis de Menezes.
“Desde antes dela engravidar, a gente tem o apoio nas unidades básicas. Se ela deseja engravidar, orientamos o que precisa de ser feito. Hoje, a grande maioria dos pré-natais são feitos no próprio Centro de Saúde pela equipe de saúde da família e, quando necessário, com o apoio dos ginecologistas no Centro e Saúde”, afirmou. Nos casos em que o pré-natal é de alto risco, ela é encaminhada para o serviço referenciados.
Há 28 anos atuando como ginecologista da rede municipal de saúde, a médica Mariane Queiroz Rossati, detalhou que o pré-natal é fundamental na prevenção ou detecção precoce de doenças tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. A rede SUS oferece exames, consultas, vacinas e um acompanhamento multiprofissional, inclusive, após o parto.
"É importante detectar infecções e doenças que podem ser transmitidas para o feto que podem ocasionar complicações durante a gravidez. A gente vai acompanhando, a princípio, mensal. Com 32 semanas, ele é feito quinzenal e, no final da gravidez, com 38 semanas, esse acompanhamento é semanal. Isso na gravidez de baixo risco. Na gravidez de alto risco, a gente vai acompanhando com o pré-natal de alto risco”, disse.
A Franciany, mamãe de primeira viagem dos gêmeos, está contando os dias para o nascimento e aconselha outras mães a buscarem auxílio e informação. “O importante é que venham com saúde. Abençoados eles já são”, contou.