O fisioterapeuta Bruno Cézar Lucchesi, de 37 anos,
Ele pagou fiança de R$ 28 mil nesta segunda-feira (1°) e a Justiça determinou a expedição do alvará de soltura, além de suspender o exercício profissional no Conselho Regional de Fisioterapia.
O homem foi preso em Belo Horizonte no dia 3 de junho, suspeito de se passar por médico especialista em emagrecimento e harmonização facial. Na época, três vítimas foram ouvidas pela Polícia Civil (PC).
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O juiz Leonardo Antônio Bolina Filgueiras, da Central de Inquéritos de Belo Horizonte, determinou que o alvará seja expedido após a assinatura, pelo fisioterapeuta, do termo de compromisso constando o cumprimento das medidas cautelares.
Conforme a PC,
Bruno Cézar Lucchesi estava preso devido a um mandado judicial de prisão preventiva. O suspeito chegou a fazer parceria com profissionais da área da saúde como psiquiatra, dermatologista, endocrinologista, nutrólogo, psicólogo e biomédico. Ao todo eram oito especialistas.
A Itatiaia entrou em contato com o Conselho de Fisioterapia e aguardo retorno.
Vítimas do fisioterapeuta
Até o momento,
Outra paciente, que fez a notícia crime que deu início à investigação, passou por uma harmonização íntima, procedimento que inclui a aplicação de ácidos e anestesia. Depois, a mulher voltou à clínica no Barreiro para tentar reverter a situação, mas o fisioterapeuta só causou ainda mais danos.
Em coletiva de imprensa, a delegada do caso, Gislaine Rios, disse que as três vítimas apareceram em menos de 24 horas, e que o homem já tinha outro procedimento de infiltração marcado, só que, dessa vez, na coluna.
“A gente tem visto que ele tem atendido diversas pessoas. Olhamos a agenda médica e nesta semana ele ia fazer uma infiltração na coluna de uma outra pessoa”
Alertas para quem busca um médico
O caso, para a delegada, serve de alerta. “Mostra para os senhores a importância da gente ver essa questão de CRM médico, de quem é o médico e qual é a clínica, porque são procedimentos caros”, reflete. De acordo com ela, o fisioterapeuta cobrava de R$ 7 a 8 mil para fazer o procedimento de harmonização íntima, R$ 12 mil por uma infiltração na coluna e R$ 4,5 mil por uma infiltração no joelho. Gislaine também chama a atenção para os riscos à saúde: “As pessoas estão pagando por procedimentos com um profissional que não tem qualificação para isso e colocando em risco as suas vidas”, diz.
Além disso, é preciso se atentar ao preço cobrado pelo profissional. “A vítima tem que ter percepção de valor”, alerta. Apesar do alto custo, de acordo com as investigações, o preço valor de uma harmonização íntima, geralmente, pode chegar a R$ 20 mil, e o falso médico cobrava menos da metade do valor.
O número do CRM, que é o registro profissional feito no Conselho Regional de Medicina (CRM), também serviu para incriminar o homem. Ele usava o número do registro de outros profissionais, que haviam falecido, de outros estados e que estavam inativos junto ao Conselho Regional de Medicina. Na delegacia, o fisioterapeuta apresentou certificados de cursos feitos a distância, que não são reconhecidos pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).
Ele foi preso por praticar exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, estelionato e apresentar atestado falso.