O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu acatar o pedido do Ministério Público (MP) e adiou em 24 horas a decisão sobre os empresários presos suspeitos de desviar R$ 35 milhões na Grande BH. A empresária Samira Bacha é considerada a ‘cabeça’ do esquema criminoso.
Durante a audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (27), cinco acusados foram ouvidos e requerimentos foram feitos tanto pela defesa dos acusados, quanto pelo Ministério Público.
Entre os pedidos feitos durante a audiência estão a imposição de sigilo ao inquérito durante a fase de investigação, que foi acatado juiz Leonardo Antônio Bolina Filgueiras.
Também foram solicitados o fornecimento de medicamentos prescritos a alguns dos acusados e revogação das prisões temporárias e cumprimento de outras diligências. O MP manifestou-se contrário a revogação da prisão de dois dos acusados e pediu prazo para analisar o inquérito e se manifestar sobre a manutenção da prisão dos demais.
Por essa razão, o juiz estipulou um prazo de 24 horas para que o MP tenha acesso aos autos do inquérito e após essa manifestação decidir sobre a custódia dos acusados, que seguem presos. A nova audiência deve ocorre nesta sexta-feira (28).
Presos em ‘Operação Dubai’
Na terça-feira (25) a Polícia Civil deflagrou a chamada ‘Operação Dubai’, onde foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e outros 17 de busca e apreensão em Nova Lima. A ação investiga um esquema criminoso que desviou mais de R$35 milhões e incluía viagens a Dubai para lavagem de dinheiro.
Segundo a PC, a ‘cabeça’ do esquema é a empresária
A dona da joalheria que Samira revendia as joias compradas em Dubai também foi presa e se encontra no mesmo presídio que a suposta mandante do esquema.
A Itatiaia entrou em contato com o advogado de Samira, Luiz Aguiar Botelho, que não quis comentar sobre o caso.