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Vídeo: drone com capacidade para limpar prédio de 30 andares começa a operar em BH

Minas é o terceiro estado a ter o serviço, disponível também em São Paulo e Santa Catarina

Tecnologia elimina o risco de acidente

A chegada dos drones provoca transformações em diversos setores, como agricultura, logística, topografia, eventos e até nas guerras, como a da Ucrânia. Aos poucos, essas aeronaves não tripuladas vão fazendo parte da rotina dos brasileiros. Em Belo Horizonte, por exemplo, elas começaram a lavar fachadas de prédios recentemente. O estado é o terceiro a ter o serviço, disponível também em São Paulo e Santa Catarina.

O empresário Fabiano Monteiro, 47 anos, é um dos responsáveis pela novidade, pioneira em Minas. Em entrevista à Itatiaia, ele explicou como a tecnologia funciona. E, acreditem: o drone tem capacidade para limpar prédios utilizando produtos como desengraxantes e sabão, além de potentes jatos de água de alta pressão.

“Até pouco tempo atrás, esse tipo de trabalho só era feito por meio de rapel, com uso de equipamentos e emprego da atividade humana. Hoje, os drones conseguem fazer a limpeza de fachadas, reduzindo o tempo em até 70% em relação ao que um humano faz. Além disso, eliminam o risco de alguém ficar pendurado no alto dos prédios. Esse é o objetivo desses drones.”

O empresário, que já foi socorrista do Samu, explica que a aeronave limpadora opera com uma mangueira de alta pressão conectada. “É um equipamento de limpeza de alta pressão. A mangueira tem mais de 150 metros e vem com kit acoplado ao drone. Com essa mangueira, você consegue fazer a limpeza de um prédio de 20 a 30 andares tranquilamente”, garante o empresário, que deixou o Samu para fundar a AGF, com sede na Pampulha, em 2005.

Fabiano reforça que o tempo pode ser otimizado com o uso dos drones para limpar um edifício de 30 andares, por exemplo. “Se, num prédio desse, com sistema convencional, utilizando rapel ou até mesmo balancim, a pessoa demoraria uns 20 dias, com o drone ela faz em seis dias.”

Com relação ao custo, o valor depende da complexidade do trabalho, mas geralmente sai um pouco mais barato em relação ao sistema convencional. “Leva-se em consideração o tamanho da área, em metros quadrados. Diante dessa metragem, é feito o custo. E a grande vantagem é que o sistema, além de ser bem mais rápido, não apresenta nenhum risco humano, o que, para mim, é o principal. Quanto vale uma vida hoje? E acidentes acontecem. Então, o risco humano é zerado”, reforçou.

O drone limpador de prédios pesa um pouco mais de nove quilos. “Pesa menos de 10 kg e mede 81 por 67 cm. É um drone médio, considerado de classe três. Ele tem sensores anticolisão. Se tiver algum problema durante o voo, ele mesmo retorna ao ponto de partida de forma automática. Ele tem todo esse sistema de segurança”, concluiu.

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Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.