Caso Benício: Polícia pede prisão de médica e técnica por morte da criança

Pedidos de prisão acontecem após a Justiça do Amazonas negar um habeas corpus preventivo para a técnica e derrubar o benefício inicialmente dado a médica

Caso Benício: médica assume erro e diz que menino morreu por dose de adrenalina

A Polícia do Amazonas pediu a prisão preventiva da médica Juliana Brasil e da técnica de enfermagem Rayza Bentes, responsáveis pelo atendimento ao menino Benício Freitas, de 6 anos.

O menino morreu no dia 23 de novembro após receber doses de adrenalina no Hospital Santa Júlia, em Manaus. Os pedidos de prisão foram confirmados por fontes ligadas à investigação à CNN Brasil.

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A solicitação da Polícia do Amazonas acontece após a Justiça do Amazonas negar um habeas corpus preventivo para Rayza Bentes e derrubar o benefício inicialmente concedido à médica.

Agora, a investigação aguarda uma decisão da Justiça amazonense para seguir com as prisões. Benícia deu entrada no Hospital Santa Júlia com quadro de tosse seca e suspeita de laringite.

De acordo com polícia, documentos disponibilizados pelo hospital e depoimentos já colhidos indicam erro médico.

Conforme relato da técnica de enfermagem Raíza Bentes, em entrevista após prestar depoimento, a médica que atendeu Benício prescreveu, entre outros procedimentos, três doses de adrenalina de 3 ml cada que deveriam ser aplicadas em intervalos de 20 minutos na forma endovenosa, ou seja, na corrente sanguínea.

A técnica disse ter estranhado a forma de aplicação, normalmente feita por via respiratória, por meio de inalação, mas seguiu a prescrição por escrito da médica. Depois da primeira dose, o menino começou a passar mal, apresentando palidez e dificuldade para respirar.

Raíza disse que informou a médica e ela disse ter informado à mãe da criança que seria feita inalação. O menino teve seis paradas cardíacas e acabou morrendo.

Informações com CNN Brasil

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas

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