O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, em parceria com instituições de ensino, estuda a adaptação de drones de
O tema foi debatido nesta terça-feira (2) durante o 1º CIPARD TALKS, realizado no Laboratório de Ciência, Tecnologia e Inovação da Academia de Bombeiros Militar.
Segundo o tenente Pedro Magalhães, responsável pela pesquisa, a meta é transformar a tecnologia em solução prática para emergências. “Que isso vire de fato uma solução. A gente vê o desenvolvimento tecnológico avançando em áreas como a agricultura e tentamos trazer essa inovação com criatividade, mas também com a robustez científica necessária para uma aplicação social e ambiental”, destacou.
O professor Everthon Oliveira, do Departamento de Engenharia Elétrica do CEFET-MG, afirmou que os testes já mostram avanços. “É possível ver aplicações de uso imediato, como o sensoriamento para apoiar a inteligência das missões. Em médio prazo, pensamos em inteligência artificial para novas funcionalidades e, talvez a longo prazo, a operação autônoma dos drones, uma tecnologia inédita no mundo”, disse.
Ele ressaltou, no entanto, que a ciência exige tempo e investimentos. “Esperamos que esses primeiros resultados permitam atrair novos parceiros e estruturar melhor as pesquisas”, completou.
O tenente-coronel Vitor Costa Leite, chefe do Centro Intersetorial de Pesquisas em Alterações Climáticas e Redução de Risco de Desastres, lembrou que a adaptação de tecnologias de outros setores já é prática comum no Corpo de Bombeiros. “Muitas ferramentas nasceram em áreas diferentes. O soprador de incêndio, por exemplo, veio de um equipamento usado para limpar folhas secas em terrenos. O pulverizador costal, em formato de mochila, também surgiu na agricultura. Agora buscamos repetir esse processo com os drones agrícolas, reduzindo o esforço humano e aumentando a eficiência”, afirmou.