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Após 20 anos, consorciados da Uniauto e Liderauto vão receber indenizações

Justiça já determinou depósito de R$ 33 milhões de uma dívida total que supera os R$ 80 milhões

Tribunal de Justiça determinou depósito de R$ 33 milhões em conta judicial

Após uma batalha de 20 anos, mais de 13 mil pessoas que possuíam cotas de consórcio das empresas Uniauto e Liderauto vão receber suas indenizações. A companhia teve a falência decretada há cerca de duas décadas e os credores lutavam para conseguir serem ressarcidos dos danos financeiros.

Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) conseguiu garantir depósito de R$ 33 milhões, em conta judicial, para ressarcimento das pessoas lesadas. Outros recursos ainda devem se somar a essa quantia para que todos os credores recebam suas indenizações. Ao todo os prejuízos chegam a R$ 80 milhões.

“A notícia é excelente. Depois de muito tempo de trabalho combatendo a fraude, nós conseguimos colocar no caixa da massa falida, ou seja, em uma conta judicial, dinheiro suficiente para começarmos os pagamentos aos credores da Uniauto e da Liderauto. Em uma decisão inédita, o desembargador José Eustáquio Lucas Pereira, da Câmara Especializada Empresarial do TJMG, autorizou a imediata utilização desses recursos para satisfazer os mais de 13 mil consorciados que ficaram prejudicados com a falência”, explica o síndico da massa falida dos consórcios da Uniauto e Liderauto, Sérgio Mourão.

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Para ter acesso aos recursos, os consorciados devem enviar um email para uniauto@obcladv.com.br com uma série de documentações, como explica Mourão.

"[Devem] informar os dados bancários onde o dinheiro deve ser depositado, apresentando uma procuração atualizada para o advogado que representa cada consorciado e uma declaração dizendo que não cedeu a cota do consórcio ou o crédito a outra pessoa”, afirmou. A expectativa, como determinado pela Justiça é que, após esse procedimento, o valor seja depositado em até 60 dias.

Além dos R$ 33 milhões já depositados em conta judicial, pouco menos da metade do valor da dívida com os consorciados, outros recursos devem integrar o processo para que todas as 13 mil pessoas lesadas sejam ressarcidas.

“Nesta falência, como em poucas no Brasil, há a possibilidade de pagamento de todos os credores. Além desses R$ 33 milhões cuja utilização foi determinada imediatamente pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, há também previsão de ingresso de mais R$ 48 milhões oriundos de um outro acordo celebrado pela massa falida e há, também, a previsão de venda de alguns outros bens”, acredita Mourão.

"[Isso] deve ser suficiente para o pagamento de todos os credores com os seus créditos atualizados até o momento em que eles forem pagos”, completa.


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Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.