Câmeras de segurança flagraram o momento em que um
Nas imagens, a vítima aparece andando de costas com uma pasta vermelha em mãos e vai até um dos guichês da concessionária. Em seguida, Marcelio, de camiseta preta, aparece entrando na loja com a arma em punho. Ele passa por um outro funcionário que está de cabeça baixa e não vê o suspeito armado.
O autor vai até o guichê onde está Alexandre e começa a disparar. O funcionário cai e os disparos continuam e são direcionados, inclusive, para a cabeça da vítima.
As imagens também mostram o momento que Marcelio entra na concessionária. Depois do crime, testemunhas afirmam que ele saiu calmamente, entrou em um veículo modelo Volkswagen Up e fugiu. Minutos depois, uma equipe da Rotam (Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas) o localizou e o prendeu na avenida Dom Pedro I, em BH.
Segundo a Polícia Civil, o filho de Alexandre disse que desconhece qualquer ameaça ou problema relacionado ao pai, quem disse ser “muito trabalhador e honesto”.
Os policiais também apreenderam a arma utilizada no crime, um carregador com dois cartuchos cheios e uma faca. À polícia, Marcelio disse que comprou a arma em um clube de tiros por R$ 2 mil, em 2001, e raspou a numeração dela.
Motivação do crime
Questionado da motivação do crime, ele disse que, em 2022, havia feito um reparo no carro na concessionária, no valor de R$ 3 mil, mas o veículo voltou a dar problema. Ao voltar na concessionária para relatar o problema, ele alega ter brigado com a vítima, e disse que Alexandre o tratou de forma “grosseira”.
Marcelio, então, disse que decidiu levar o veículo em uma oficina, onde gastou mias R$ 2,5 mil. Ele conta que decidiu se vingar de Alexandre porque estava desempregado, sem dinheiro e passando por uma situação financeira delicada e, por causa da vítima, teve que gastar R$ 5,5 mil com o carro.
Em nota, o Grupo Líder, proprietário da Concessionária Mila, negou que Marcelio fosse um cliente e disse que desconhece “qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos” (veja nota na íntegra abaixo).
Segundo a Polícia Civil, o filho de Alexandre disse que desconhece qualquer ameaça ou problema relacionado ao pai, quem disse ser “muito trabalhador e honesto”.
Nota da concessionária
“O Grupo Líder, proprietário da Concessionária Mila, se solidariza com os familiares e amigos do colaborador Alexandre Santos Queiroz, que, infelizmente, foi alvejado por disparos de arma de fogo, dentro das instalações da concessionária, enquanto trabalhava, na tarde desta terça-feira.
Cabe ressaltar que o funcionário de longa data da Concessionária, até então, sempre cumpriu com afinco as funções a ele atribuídas.
Sobre o autor dos disparos, cujo nome consta nas investigações e no boletim de ocorrência, o mesmo nunca foi cliente da Mila e desconhecemos qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa que sempre prezam pela boa conduta.
Desde o primeiro momento, os funcionários da concessionária que presenciaram o fato estão colaborando com as investigações”.