“Vivemos momentos de ansiedade, porém não despertados porque estávamos em oração e emlouvor, estávamos ajudando uns aos outros e sendo sustentados pela graça de Deus.” Isso foi o que disse a mineira aposentada Cláudia Regina de Rezende Nunes, de 60 anos, ao desembarcar
Ela contou que chegou em Jerusalém na noite de domingo (8). “Na segunda-feira (9), não foi possível sair por questões de segurança. O alarme foi acionado por duas vezes onde ficamos abrigados”, lembrou. A moradora de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, chegou no Rio de Janeiro por volta das 9h. Agora, aguarda o voo para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. “Ainda não sabemos”, respondeu Cláudia sobre a previsão de horário para que isso ocorra.
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Oziel de Matos, pastor na Igreja Batista de Contagem, também aguarda pelo embarque. Ele relatou que, mesmo com a situação de alívio e felicidade por deixar o país, a apreensão ainda era presente entre todos. “A situação está um caos, muito tensa. No aeroporto, ouvimos muitas explosões, não era recomendado sair pelas ruas. Ao toque da sirene, seguíamos as recomendações das autoridades, inclusive, no aeroporto”, disse antes de deixar Israel.
A aeronave KC-30 partiu de Tel Aviv, capital de Israel, trazendo pessoas que estavam viajando e não tinham a passagem de volta para o país. Márcia Helena Neves Olsen classificou a viagem como “tranquila”. “A força aérea brasileira foi nota 1.000. Fomos muito bem tratados, muito bem cuidados, muito bem recebidos. Excelente”, acrescentou.
A tripulação contou com uma médica, uma psicóloga e dois enfermeiros, com o objetivo de, segundo o governo, evitar que os brasileiros sofram estresse pós-traumático. Outros dois aviões da FAB já partiram do Brasil com destino a Israel no âmbito da Operação Voltando em Paz. O segundo avião da FAB, com capacidade para 210 pessoas, já está na Europa e fará o trajeto entre Israel e o Brasil nesta quarta-feira (11).
Segundo dados do Itamaraty, até o momento, a Embaixada brasileira em Tel Aviv recebeu pedidos de 2.700 brasileiros que desejam retornar ao país. Neste primeiro momento, o governo vai priorizar o resgate de turistas, que não possuem passagem aérea.
O governo federal estima 14 mil brasileiros residentes em Israel e seis mil brasileiros na Palestina. O Escritório de Representação em Ramalá mantém contato com representantes dos cerca de 30 cidadãos que vivem na Faixa de Gaza.
