Ouvindo...

Caso Ian: Justiça nega pedido para devolver celular de madrasta acusada do crime

Justiça alegou que aparelho ainda está sob análise e pode ser útil durante o processo; pai e madrasta vão a júri popular por morte de criança de 2 anos em Belo Horizonte

Pai e madrasta acusados do crime vão a júri popular

A Justiça de Minas Gerais negou um pedido de Bruna Cristine dos Santos, acusada de envolvimento na morte do menino Ian Henrique, para que o celular dela fosse devolvido. Bruna e o companheiro Márcio da Rocha de Souza estão presos desde janeiro e vão a júri popular.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o advogado de Bruna fez um requerimento para que o smartphone dela, apreendido durante a investigação, fosse restituído. O Ministério Público pediu para que o pedido fosse negado.

Segundo a decisão, assinada pela juíza Barbara Heliodora Quaresma Bonfim, o aparelho celular segue sendo analisado pelo Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam) e, até o momento, a análise não foi concluída.

A juíza também alegou que o aparelho dele continuar apreendido, já que o celular ainda pode ser necessário durante o processo para a obtenção de provas. Com isso, o pedido foi negado pela Justiça.

A Itatiaia tenta contato com o advogado responsável pela defesa de Bruna. Os contatos dele foram retirados do site da Ordem dos Advogados do Brasil à pedido dele.

Relembre o caso

Ian Henrique de Almeida Rocha, de 2 anos, morreu no dia 10 de janeiro. Ele havia dado entrada dois dias antes no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte, com lesões na cabeça, escoriações no queixo e um edema na testa.

Inicialmente, a Polícia Civil suspeitava que Ian havia sido agredido por Bruna, madrasta da criança, na casa em que eles moravam, no bairro Jaqueline, região Norte da capital. Mas, investigações posteriores descobriram que as agressões ao menino começaram ainda na manhã do dia 7 de janeiro, após a criança fazer xixi e cocô na cama. O pai teria ficado estressado e golpeado a cabeça do filho contra a parede. Ambos negam as acusações.

Bruna e Márcio foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe; com utilização de meio cruel; e contra um menor de 14 anos). Os dois denunciados vão a júri popular, mas ainda não há uma data para o julgamento.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.