O sargento, de 38 anos, acusado de matar o tenente do Corpo de Bombeiros Rafael Veloso, em Montes Claros, foi indiciado nessa quarta-feira (6) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
A vítima tinha 42 anos e foi assassinada a tiros na porta de casa, no bairro Ibituruna, quando saía fardada para o trabalho. O crime foi em 5 de maio deste ano.
O autor fugiu, foi de moto para salvador, depois retornou de ônibus para Montes Claros, onde de escondeu em uma casa. Acompanhado de advogados, ele se entregou no dia 9 de maio após o fim do período de flagrante e segue detido. Nesse mesmo dia, ele entregou a arma usada no homicídio.
Segundo a Polícia Civil, o sargento foi indiciado por homicídio qualificado, após agir de forma premeditada e ter impossibilitado a defesa da vítima, assassinada com tiros a curta distância e pelas costas.
Documento falso
O militar também foi indiciado por utilizar documento falso. Ele usou uma carteira de identidade que subtraiu no batalhão dos bombeiros e usou na fuga.
O documento tinha sido deixado com o Corpo de Bombeiros durante atendimento a uma ocorrência de trânsito. O sargento tinha colocado a própria foto nesse RG para se hospedar em hotéis na Bahia, durante a fuga.
Ainda segundo a corporação, o sargento habilitou uma linha de telefonia celular com o nome desse terceiro criando um perfil para que não fosse localizado e preso.
Violação de sigilo
O sargento ainda foi indiciado por violação de sigilo funcional para a obtenção de dados da vítima que o levaram até à casa onde os dois tiveram a interpelação que levou ao assassinato.
Uma nova ordem de detenção, expedida pela justiça militar, foi cumprida em desfavor do sargento ontem. Segundo o corpo de bombeiros, um inquérito policial militar foi instaurado para apurar os fatos. A polícia civil encaminhou o inquérito à justiça militar estadual, que dará prosseguimento ao caso.
(com informações de Osmar Macedo)