Ouvindo...

Mulher trans é agredida e queimada viva na Grande BH; autora foi presa

Ação foi registrada por câmeras de segurança de estabelecimentos próximos

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o corpo de Natasha foi carbonizado

Uma mulher trans, identificada no Boletim de Ocorrência (BO) com o nome social Gustavo, de 35 anos, foi presa na manhã desta terça-feira (16) por agredir, atear fogo e matar uma outra mulher trans, identificada como Natasha Alvarenga Ferreira, de 44, durante a noite dessa segunda (15), em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Tanto a autora quanto a vítima eram pessoas em situação de rua. Imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos registraram a ação.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a corporação foi acionada com a denúncia de que havia um corpo carbonizado debaixo de uma passarela às margens da BR-381, na entrada do bairro Cidade Nova.

No local, os policiais confirmaram a informação e passaram a levantar detalhes e imagens que capturaram as características físicas e as roupas da autora.

A equipe então saiu em busca da suspeita, e a encontrou na Praça de Igarapé, há cerca de 700 metros do local do crime. Segundo a PM, ela agia tranquilamente e usava as mesmas roupas que vestia no momento do assassinato.

Leia também

Briga por causa de drogas e ciúmes

Na versão de Gustavo, ela e Natasha eram um casal e a vítima teria iniciado uma discussão por causa de drogas e ciúmes. Elas então entraram em luta corporal e a autora deixou a vítima desacordada.

Gustavo confessou ter ateado fogo em Natasha, que ainda estava viva, e deixado o local. Segundo ela, o motivo do assassinato seria o temor de que ela revidasse as agressões ao acordar. De acordo com a PM, ela não demonstrou arrependimento.

Uma assistente social que atua no município revelou à PM que autora e vítima tinham discussões constantes, inclusive com ameaças de morte.

Tanto a autora, quanto Natasha tinham passagens pela polícia. Gustavo, considerada de alta periculosidade, foi presa e segue à disposição da polícia.

Cursou jornalismo no Unileste - Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012 se mudou para a Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.
Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.