É comemorado neste sábado (3), o Dia Mundial da Bicicleta. Para os amantes da “magrela”, pedalar traz enormes benefícios para a saúde do corpo, além de ser uma atividade que contribui para a mobilidade urbana sustentável. Para manter a atividade nos grandes centros, uma alternativa são as pistas exclusivas para os ciclistas. Atualmente, Belo Horizonte tem 105 km de ciclovias e ciclofaixas, conforme dados da prefeitura.
“A BHTrans mantém diálogo com os ciclistas por meio do grupo GT Pedala, formado pelo poder público e sociedade civil, para discutir e acompanhar a implantação de ações na cidade que visam garantir a segurança dos ciclistas. A atual revitalização na ciclovia da Orla da Pampulha é um exemplo de intervenção sugerida pelos ciclistas e foi implementada pela Prefeitura de Belo Horizonte”, detalha o município.
A intervenção feita na orla da Lagoa da Pampulha, que reestruturou o trecho, contou com a elevação da pista de bicicletas para o nível da calçada, ampliação da largura da ciclovia para 2,5 metros – compatível com ciclovias bidirecionais e com grande fluxo de ciclistas – a instalação de separação física da pista de caminhada por jardins e adequações geométricas.
Leia mais:
O projeto, concluído em 2022, também contemplou a execução de travessias de pedestres elevadas em todas as interseções da pista de tráfego dos veículos, a readequação de toda a micro drenagem e novas sinalizações de placas e pintura no solo.
Em Belo Horizonte, usuários das ciclovias relatam que melhoras precisam ser feitas para garantir mais segurança.
“Acho que as ciclovias que existem, muitas são estreitas e não são respeitadas por pedestres. E são muito poucas em BH. Quem usa bicicleta como meio de transporte sofre”, diz Michelle dos Santos.
Para o usuário Carlos Felipe Freez, as ciclovias não são de boa qualidade.
“Péssimas. Sujas e com buracos. BH deveria ter ciclovia em todas as grandes ruas e avenidas.”
Acidente com ciclista
De acordo com dados apresentados à Itatiaia nesta semana pelo Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, em 2021 foram registrados 398 atendimentos a ciclistas. Em 2022 foram 358 e até 31 de maio deste ano, 174 pessoas foram socorridas à unidade hospitalar.
No dia 6 de maio deste ano,
Ciclovias
Entre os novos projetos de instalação de ciclovias em Belo Horizonte está o da avenida Afonso Pena, aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, em maio deste ano.
O projeto da Afonso Pena prevê a implantação de faixas exclusivas e preferenciais para o transporte coletivo, num trecho de 4,2 km, que vai da Praça Rio Branco à Praça da Bandeira, e também uma infraestrutura de ciclovias ao longo da avenida.
Outro ponto da capital que também irá receber uma ciclovia é a avenida. Augusto de Lima, no Barro Preto, região Centro-Sul de BH. A nova ciclovia fará a conexão com rotas cicloviárias já existentes da avenida Olegário Maciel e a rota Leste/Oeste (avenida do Contorno). A primeira etapa da obra começou entre as ruas Ouro Preto e praça Raul Soares, com marcação e corte do asfalto para implantação dos delimitadores da ciclovia.
A implantação de novas ciclovias faz parte de uma série de ações na área de mobilidade, anunciadas pela Prefeitura em março deste ano. Ao todo, serão implantadas 15 novas estações para 100 bicicletas compartilhadas (convencionais e elétricas), cerca de oito quilômetros de ciclovias, além da manutenção das rotas cicloviárias atuais.
Acidentes
Em 2021, a frota de veículos em Belo Horizonte era de 2.261.515 veículos e aconteceram 11.122 acidentes de trânsito com vítimas, que provocaram 13.062 vítimas não fatais e 113 pessoas morrem. Destes sinistros, 1.124 foram atropelamentos, sendo 42 atropelamentos de animais que incluem pessoas como vítimas.
Em média, a cada dia do ano de 2021 ocorreram 30,5 sinistros de trânsito com vítimas em Belo Horizonte e 36 pessoas sofreram algum tipo de lesão ou morreram. Também, em média diária, 56 veículos envolveram-se em sinistros, sendo 27 automóveis e 23 motocicletas. A cada cem dias, em média, morreram no local do sinistro aproximadamente 31 pessoas, destas 10 eram pedestres e 9 motociclistas.
Comparando dados de 2020 e 2021, percebe-se que houve um aumento da frota de 1,9%. Os sinistros aumentaram 4,7% com vítimas não fatais aumentando 4,1% e vítimas fatais mantendo o mesmo valor de 2020.