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Saúde: secretário cobra acolhimento dos postos para desafogar atendimentos em BH

Danilo Borges afirma que pacientes com casos leves devem receber atenção para evitar “trajeto tortuoso” em busca de atendimento

Secretário foi entrevistado ao vivo no Itatiaia Agora desta quinta

O médico Danilo Borges, novo secretário de Saúde de Belo Horizonte, afirmou que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital mineira precisam ser mais acolhedoras para que o atendimento seja desafogado. A declaração foi dada durante entrevista exclusiva ao programa Itatiaia Agora, na tarde desta quinta-feira (18).

O urologista, que se tornou secretário municipal de Saúde no início de maio, afirmou que a prefeitura está contratando profissionais de várias especialidades, até administrativas, para que o funcionamento das unidades ganhe agilidade. Danilo argumenta que as UBSs precisam “dizer mais sim” aos pacientes para que o sistema de Saúde não fique sobrecarregado.

“Temos que priorizar os casos mais urgentes nas UPAs, mas também tratar os menos urgentes nas Unidades Básicas de Saúde. A UBS precisa ser mais acolhedora, falar menos ‘não’ e mais ‘sim’. Muitas vezes ela não fala ‘não’ por uma questão dela, mas pela estrutura que precisamos dar a ela para que a UBS possa falar mais ‘sim’.”

O secretário argumenta que, normalmente, o paciente que não consegue atendimento em uma UBS acaba procurando ajuda em outras unidades, como UPAs e hospitais. Para ele, o reforço nos postos de saúde é fundamental para que o paciente não “faça um trajeto tortuoso” em busca de atendimento e, ao mesmo, o sistema de Saúde fique menos pressionado.

Demora no atendimento

O secretário de Saúde de Belo Horizonte falou sobre a demora no atendimento nas unidades de Saúde da capital mineira, tema que gera reclamação de muitos moradores e é o foco de uma série de matérias especiais da Rádio Itatiaia. Danilo Borges demonstrou preocupação com a situação e afirma que o sistema de Saúde precisa olhar para todos os pacientes, levando em conta o grau de urgência de cada caso.

“A gente tem que ter um olhar diferenciado para aquilo que é o mais urgente e menos urgente, mas não é por ser menos grave que deve ser relegado a segundo plano. Temos que ter um recorte dentro da unidade de saúde para dar celeridade para esses atendimentos.”

O especialista ressalta que os moradores da capital podem e devem utilizar o teleatendimento para casos mais leves. Desta forma, o paciente é atendido mais rápido e ainda evita ficar exposto a outros riscos. Segundo o secretário, a taxa de pacientes que agendam o teleatendimento e não comparecem ao exame está acima dos 50%.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
Mineiro de Urucânia, na Zona da Mata. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Ouro Preto (2024), mesma instituição onde diplomou-se jornalista (2013). Na Itatiaia desde 2016, faz reportagens diversas, com destaque para Política e Cidades. Comanda o PodTudo, programa de debate aos domingos à noite na Itatiaia.