STM mantém condenação de ex-esposa de coronel que agrediu militar da FAB em base aérea

O caso ocorreu na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e foi registrado por câmeras de segurança

STM mantém condenação de ex-esposa de coronel que agrediu militar da FAB em base aérea

O Superior Tribunal Militar do Rio Grande do Sul manteve a condenação de uma mulher que agrediu e xingou um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) dentro da Base Aérea de Santa Maria. A mulher, que é civil e ex-esposa de um coronel da FAB, tentou entrar na base acompanhada da filha e do companheiro para uma consulta médica. No entanto, o carro não estava autorizado no sistema de acesso do local, o que gerou uma discussão com os militares responsáveis pela segurança.

O caso aconteceu em fevereiro de 2023 e voltou a ser analisado nesta semana pelos ministros da Corte, que decidiram, por maioria, manter a pena aplicada em primeira instância.

Segundo o processo, após ser informada de que seria necessário regularizar o cadastro do veículo, a mulher se exaltou, saiu do carro e passou a discutir com os militares. Um oficial foi chamado para tentar resolver a situação e explicou que poderia ter ocorrido uma falha no sistema. Mesmo assim, a mulher entrou sem autorização em uma área restrita da base e começou a xingar o oficial. Em seguida, deu um soco no rosto dele, derrubando o boné que o militar usava. A confusão só foi controlada com a chegada da equipe de segurança e a ajuda da própria filha da acusada.

As câmeras de segurança da base registraram toda a ocorrência. De acordo com os relatos, mesmo após a primeira agressão, a mulher continuou exaltada, voltou a tentar entrar na área restrita, puxou o braço de um sargento e fez novos xingamentos e ameaças aos militares.

Ainda conforme o processo, a própria acusada registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e admitiu que agrediu o oficial durante o episódio.

Decisão da Justiça

Na primeira decisão, a Justiça Militar condenou a mulher a três anos de prisão pela agressão ao militar em serviço e a seis meses por desacato. A pena foi fixada em regime aberto, e ela pôde responder ao processo em liberdade. Porém, a defesa recorreu, alegando, entre outros pontos, que a mulher não tinha antecedentes criminais, enfrentava problemas psiquiátricos e que agiu no calor do momento. Nesse momento também foi pedido a redução da pena.

O STM, porém, entendeu que as imagens e os depoimentos confirmam a agressão e os xingamentos contra os militares. Com isso, a maioria dos ministros decidiu manter a condenação. Apenas uma ministra votou pela redução da pena.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.

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